Confiança do empresário industrial cresce 7,9 pontos acima da média em novembro

Publicado em 20/11/2019 16:05

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) em novembro aumentou 3,2 pontos frente a outubro e alcançou 62,5 pontos, com o indicador 7,9 pontos acima da média histórica de 54,6 pontos, informa a pesquisa divulgada, hoje (20), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Os indicadores do Icei variam de zero a 100 pontos. Quando estão acima de 50 pontos mostram que os empresários estão confiantes.

“O aumento da confiança estimula a recuperação da economia brasileira à medida que impulsiona o aumento da produção e a retomada do investimento”, avalia a CNI.

O estudo destaca que o Índice de Condições Atuais, um dos componentes do Icei, alcançou 56,3 pontos, o maior nível desde outubro de 2010. O índice está 3,6 pontos acima do registrado em novembro de 2018. O Índice de Expectativas, por sua vez, subiu para 65,6 pontos neste mês e está 2,9 pontos abaixo do verificado em novembro do ano passado.

“A elevada confiança está baseada tanto no sentimento de melhora da situação corrente como nas expectativas para os próximos seis meses. Em novembro de 2018, a percepção de melhora das condições correntes ainda era incipiente e a confiança se baseava nas expectativas positivas, impulsionadas pela eleição de um novo governo”, observa a CNI.

A confiança melhorou em todas as regiões do país e é maior no Centro-Oeste, onde alcançou 63,8 pontos. Em seguida, aparece o Sul, com 63,4 pontos; Norte com 63,2 pontos; Sudeste, 61,9 pontos e, no Nordeste, com 61,5 pontos.

De acordo com a pesquisa, a confiança é maior nas médias e grandes empresas; em ambos os segmentos o Icei alcançou 62,8 pontos neste mês. Nas pequenas o indicador ficou em 61,5 pontos.

A pesquisa foi realizada de 1º e 12 de novembro, com 2.445 empresas, sendo que dessas, 954 são pequenas, 898 médias e 593 de grande porte.

Ministro Paulo Guedes diz que abertura da economia será gradual

O processo de abertura da economia brasileira será gradual, afirmou hoje (20), o ministro da Economia, Paulo Guedes, após almoço com a Frente Parlamentar da Química, em Brasília, que reúne parlamentares ligados à indústria química.

“Eu estava dizendo aos parlamentares, e também aos industriais, que não se assustem com esses acordos comerciais que estamos conduzindo. Isso é um processo gradual. Não vamos soltar a indústria estrangeira em cima da indústria nacional antes de nós simplificarmos impostos. Reduzimos os juros, tudo isso estamos fazendo. É uma abertura gradual. É irreversível, mas vai ser gradual e vai ser feita em cima de energia barata, de custos de logísticas mais baratos”, disse.

Segundo o ministro, o governo trabalha para reduzir impostos e custos de logística para reindustrializar o país.

Inflação está bastante baixa e estável, diz presidente do Banco Central

A inflação está bastante baixa e estável no curto, médio e longo prazo, afirmou o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, hoje (19).

"A inflação está bastante baixa e bastante estável tanto no curto, médio e longo prazo”, disse aos senadores. Segundo Campos Neto, a inflação está baixa em todo o mundo. Além disso, ele citou que no Brasil há o efeito da estratégia do governo de estimular os investimentos privados, no lugar do público, e de ajuste nas contas públicas.

“O Brasil está se reinventando com dinheiro privado e o mercado tem finalmente a compreensão de que o governo tem um programa fiscal sério que vai atingir o equilíbrio das contas públicas”, afirmou.

Campos Neto afirmou que os investimentos somente públicos são ineficientes. “O dinheiro público como máquina de crescimento bateu no muro”, disse.

Cheque especial

O presidente do BC reafirmou que tem um projeto para redesenhar o cheque especial, considerado “um produto muito regressivo”, com peso maior de juros sobre quem tem menor renda.

Campos Neto também afirmou que nos próximos dias será lançado um mutirão de renegociação de dívidas com os bancos. No início do mês, em audiência na Câmara dos Deputados, ele disse que está negociando a abertura de agências aos sábados ou após o horário normal de funcionamento para renegociar dívidas. Em troca pela renegociação, os clientes terão que fazer um curso de educação financeira.

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Fonte:
Agência Brasil

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