Mineradores de bitcoin na China aumentam participação em capacidade de produção, diz pesquisa

Publicado em 11/12/2019 14:33

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Mineradores de bitcoin da China controlam atualmente dois terços do poder de processamento da rede da criptomoeda, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira, que mostra um crescimento na participação deles.

Os mineradores de bitcoin na China controlam 66% do "hashrate" global, uma medida de poder de processamento dos computadores conectados à rede bitcoin e que mede a capacidade deles de produzir novas moedas digitais, segundo o levantamento da gestora de ativos digitais CoinShares.

A participação chinesa no hashrate global, que era de 60% em junho, é a maior já registrada pela CoinShares desde que começou a fazer o acompanhamento há quase dois anos. Os ganhos devem estar relacionados ao aumento da utilização de equipamentos mais avançados de mineração de bitcoin, disse Chris Bendkisen, diretor de pesquisas da CoinShares.

Companhias chinesas como Bitmain e MicroBT estão entre as maiores fabricantes de equipamentos para mineração de bitcoin. Uma outra, a Canaan, lançou um IPO de 90 milhões de dólares em novembro, indicando apetite dos investidores em aumentar a exposição ao segmento.

Ao preço atual do bitcoin, de cerca de 7.200 dólares, mineradores produzem bitcoins avaliadas em cerca de 4,7 bilhões de dólares por ano.

"Isso é benéfico para a indústria chinesa de mineração (de criptomoedas)", disse Bendiksen. "Se você é o primeiro a aumentar sua participação no hashrate, você faz isso antes de seus competidores, o que geralmente é bom."

A mineração de criptomoedas é um segmento opaco, com poucos dados confiáveis sobre a rede bitcoin ou dos mineradores da moeda.

Os mineradores de bitcoin montam grandes capacidades de processamento computacional em uma corrida contra outros para resolver complexas equações matemáticas. A solução destas equações produz novas moedas de bitcoins. Quanto maior o hashrate, mais energia é necessária para se produzir uma moeda.

E a mineração da moeda está se tornando mais difícil. O hashrate da rede cresceu 80% desde junho, em parte por causa da forte lucratividade dos mineradores e das máquinas mais potentes implementadas, disse a CoinShares, que administra cerca de 600 milhões de dólares em ativos digitais.

As principais regiões de mineração de criptomoedas na China estão nas províncias de Yunnan e Sichuan, afirmou a CoinShares, com a última representando mais de metade do hashrate global. Outros centros importantes incluem Estados Unidos, Rússia e Cazaquistão.

A participação da China no hashrate pode cair, conforme mais equipamentos chineses de próxima geração são adotados em outros mercados, afirmou a CoinShares.

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Fonte:
Reuters

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