China suspende tarifas sobre produtos americanos planejadas para 15 de dezembro

Publicado em 14/12/2019 17:34

XANGAI (Reuters) - A China suspendeu tarifas adicionais sobre alguns bens americanos que deveriam ser implementadas em 15 de dezembro, disse a comissão de tarifas alfandegárias do Conselho Estatal neste domingo, depois de as duas maiores economias do mundo acordarem a "fase um" de um acordo comercial nesta sexta-feira.

O acordo, cujos vazamentos e rumores em torno dos entendimentos agitaram os mercados mundiais durante meses, reduz algumas das tarifas americanas em troca do que autoridades americanas dizem que seria um grande salto em compras chinesas de produtos agrícolas americanos e outros bens.

Tarifas retaliatórias da China, que entrariam em vigor neste domingo, tinham como alvo uma lista de produtos que inclui de milho e trigo a veículos e peças de carros produzidos nos EUA.

Outras tarifas chinesas que já passaram a incidir sobre produtos americanos serão mantidas, disse a comissão em comunicado divulgado nos sites de departamentos do governo, incluindo o Ministério das Finanças da China.

“A China espera, com base na igualdade e no respeito mútuo, trabalhar com os Estados Unidos para resolver adequadamente as preocupações de cada um e promover o desenvolvimento estável das relações econômicas e comerciais dos EUA e da China”, acrescentou.

Pequim concordou em importar pelo menos 200 bilhões de dólares em produtos e serviços adicionais dos EUA ao longo dos próximos dois anos, além do volume que comprou em 2017, disse o principal negociador americano, na sexta-feira.

Um comunicado emitido pelo Representante de Comércio dos Estados Unidos, também na sexta-feira, disse que o país manteria tarifas de 25% sobre produtos chineses no valor de 250 bilhões de dólares.

Secretário do Tesouro dos EUA diz que acordo com a China impulsionará economia global

DOHA (Reuters) - O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse no sábado que a "fase um" do acordo comercial entre seu país e a China foi "muito boa" para o crescimento da economia global, e acrescentou que a fase dois poderá vir em vários passos.

Os Estados Unidos e a China esfriaram sua guerra comercial na sexta-feira com o anúncio de uma fase um do acordo que reduz algumas tarifas dos EUA em troca de o que autoridades norte-americanas disseram que será um grande aumento de compras chinesas de produtos agrícolas dos EUA.

Mnuchin disse que os detalhes completos do novo acordo viriam mais tarde no sábado ou no domingo, depois que as duas partes fizessem uma checagem dos dados e da linguagem.

"Esperamos que ele seja totalmente executado em janeiro. Aí vamos para a fase dois", afirmou Mnuchin no Fórum de Doha, no Catar. "A questão mais importante é, vamos garantir que implementemos a fase um com um acordo executável, o que ele é. E aí começamos a negociar a fase dois."

"Há questões remanescentes importantes na fase dois. E talvez haverá uma "fase dois A", "fase dois B" e "fase dois C". Veremos", afirmou.

Mnuchin disse que o acordo com a China visa criar mais relações comerciais recíprocas para os próximos anos, acrescentando que o acordo será "muito bom" para o crescimento global.

''Primeira fase'' do acordo aprofundará cooperação agrícola entre China e EUA, diz Xinhua

Beijing, 14 dez (Xinhua) -- Espera-se que a ''primeira fase'' do acordo entre a China e os Estados Unidos aprofunde mais a cooperação agrícola bilateral e fortaleça o papel da agricultura como um importante pilar das relações entre os dois países, declarou na sexta-feira o vice-ministro de Agricultura e Assuntos Rurais, Han Jun.

O acordo, quando implementado, aumentará as exportações agrícolas da China aos EUA e as importações dos EUA para a China, assinalou o vice-ministro chinês em uma coletiva especial sobre a "primeira fase" do acordo.

Os Estados Unidos concordaram em permitir a exportação de pêras, laranjas e tâmaras frescas da China ao país, revelou Han, acrescentando que a parte americana também fez o compromisso positivo de levantar algumas restrições sobre produtos aquáticos chineses.

"Alguns destes assuntos estão em pauta há mais de dez anos e desta vez finalmente conseguimos resultados significativos", indicou Han.

Quando o acordo entrar em vigor, a China aumentará as importações de produtos agrícolas dos Estados Unidos, incluindo soja, carne de porco, aves domésticas, trigo e milho, detalhou Han.

O país garantirá a auto-suficiência básica de grãos e a segurança alimentar, acrescentou.

A China e os EUA chegaram a um consenso sobre o texto da "primeira fase" do acordo econômico e comercial com base no princípio de igualdade e respeito mútuo, segundo uma declaração emitida pela parte chinesa na noite de sexta-feira.

O texto inclui nove capítulos: prefácio; direitos de propriedade intelectual; transferência tecnológica; alimentos e produtos agrícolas; serviços financeiros; taxa de câmbio e transparência; expansão comercial; avaliação bilateral e resolução de disputas; e termos finais.

Vice-ministro chinês das Finanças comenta "primeira fase" do acordo com EUA

Beijing, 14 dez (Xinhua) -- A máxima prioridade da China e dos Estados Unidos é assinar e implementar sinceramente a "primeira fase" do acordo comercial, disse na sexta-feira o vice-ministro das Finanças, Liao Min.

As negociações da "segunda fase" dependerão da implementação da "primeira fase", explicou Liao em uma entrevista coletiva.

Liao destacou a importância do acordo na promoção da cooperação econômica e comercial bilateral, na melhora do bem-estar dos povos de ambos os países e da população mundial, e também na estabilização das expectativas do mercado global.

A principal preocupação da China nas negociações econômicas e comerciais tem sido a eliminação das tarifas adicionais e ambas as partes atingiram um consenso neste sentido, comentou Liao.

A China e os EUA chegaram a um consenso sobre o texto da "primeira fase" do acordo econômico e comercial com base no princípio de igualdade e respeito mútuo, segundo uma declaração emitida pela parte chinesa na noite de sexta-feira.

O texto inclui nove capítulos: prefácio; direitos sobre propriedade intelectual; transferência tecnológica; produtos alimentícios e agrícolas; serviços financeiros; taxa de câmbio e transparência; expansão comercial; avaliação bilateral e resolução de disputas; e termos finais.

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Fonte:
Reuters/Xinhua (agencia estatal)

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