Fase um do acordo EUA-CHINA vai expandir exportações norte-americanas, diz representante comercial dos EUA

Publicado em 15/12/2019 19:24

WASHINGTON (Reuters) - A fase um do acordo EUA-China vai quase dobrar as exportações dos Estados Unidos para a China ao longo dos próximos dois anos e já está totalmente concluída apesar da necessidade de traduções e revisões do seu texto, afirmou o representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer, neste domingo.

Lighthizer, falando ao programa "Face the Nation" da CBS, disse que haverá alguns retoques de rotina ao texto, mas que "isso está totalmente concluído".

Ele disse que a data e o local para a assinatura formal do acordo com autoridades dos dois países ainda estão sendo definidos.

O acordo, anunciado na sexta-feira depois de mais de dois anos e meio de negociações, com interrupções, entre Washington e Pequim, vai reduzir algumas tarifas dos EUA sobre bens chineses em troca de um aumento de cerca de 200 bilhões de dólares das compras chinesas de bens agrícolas, industriais e de energia americanos.

A China também se comprometeu no acordo a proteger melhor a propriedade intelectual dos EUA, a conter a transferência coercitiva de tecnologia americana para empresas chinesas, a abrir seu mercado de serviços financeiros a firmas dos EUA e a evitar a manipulação do seu câmbio.

As compras chinesas anuais de produtos agrícolas devem aumentar para 40 bilhões de dólares a 50 bilhões de dólares ao longo dos próximos dois anos. Os EUA exportaram cerca de 24 bilhões de dólares em produtos agrícolas para a China em 2017, último ano completo antes de as duas maiores economias do mundo darem início a uma guerra de tarifas.

Mas Lighthizer disse que o sucesso do acordo dependerá das decisões de autoridades em Pequim.

"Em última instância, o funcionamento desse acordo vai ser determinado por quem está tomando as decisões na China, não nos Estados Unidos", disse Lighthizer. "Se os linhas-duras estão tomando as decisões, teremos um resultado, se os reformistas estão tomando as decisões, que é o que nós torcemos, então teremos outro resultado."

Ele disse que o acordo não vai resolver todos os problemas entre os Estados Unidos e a China porque integrar a economia dominada pelo Estado da China com o sistema americano liderado pelo setor privado levará anos.

EUA expulsaram oficiais chineses que dirigiram em base militar, diz New York Times

WASHINGTON (Reuters) - O governo dos EUA se mexeu secretamente para expulsar dois oficiais da embaixada chinesa, no começo deste ano, depois de eles dirigirem em direção a uma base militar, informou o New York Times, citando fontes anônimas com conhecimento do assunto.

O jornal publicou, neste domingo, que acredita-se que um dos dois oficiais chineses seja um operador dos serviços de inteligência trabalhando sob disfarce diplomático.

Os oficiais chineses violaram a segurança de uma base em Virginia no outono do Hemisfério Norte e pararam de dirigir apenas depois que cinco caminhões foram usados para bloquear o caminho, disse o Times.

Um oficial da lei com conhecimento do episódio confirmou à Reuters que o relato do New York Times é preciso.

Uma porta-voz do FBI recusou-se a comentar. O Departamento de Estado não respondeu imediatamente a pedido por comentários sobre o incidente.

O Ministério de Relações Exteriores da China e a embaixada chinesa em Washington não estavam imediatamente disponíveis para comentários.

Embora a razão exata que levou os oficiais chineses a dirigirem em direção à base em Norfolk, Virginia, não é conhecida, oficiais americanos acreditam que pode ter sido para testar a segurança, uma fonte disse ao jornal.

Quando eles finalmente pararam de dirigir, os oficiais chineses disseram aos guardas do Exército que haviam se perdido.

Semanas depois, em 16 de outubro, o Departamento de Estado emitiu novas regra para diplomatas chineses que exigem que eles notifiquem o departamento antes de qualquer reunião com oficiais locais ou estaduais, ou com instituições de pesquisa e educação.

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Fonte:
Reuters

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