Focus: Previsão para superávit comercial de 2020 sobe para US$ 37,40 bi

Publicado em 20/01/2020 10:39

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2020 na pesquisa Focus realizada pelo Banco Central, de superávit comercial de US$ 37,31 bilhões para US$ 37,40 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 39,00 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit seguiu em US$ 35,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 38,70 bilhões.

Na estimativa mais recente do BC, o saldo positivo de 2020 ficará em US$ 32,0 bilhões. Esta projeção foi atualizada no Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado em dezembro.

No caso da conta corrente, a previsão contida no Focus para 2020 foi de déficit de US$ 54,20 bilhões para US$ 54,25 bilhões, ante US$ 53,70 bilhões de um mês antes. Para 2021, a projeção de rombo passou de US$ 60,30 bilhões para US$ 60,75 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 52,00 bilhões.

O BC projeta déficit em conta de US$57,7 bilhões em 2020.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será mais do que suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 seguiu em US$ 80,00 bilhões. Há um mês, estava no mesmo patamar. Para 2021, a expectativa foi de US$ 84,75 bilhões para US$ 84,50 bilhões, ante US$ 83,80 bilhões de um mês antes.

O BC projeta IDP de US$ 80,0 bilhões em 2020.

Projeção de IPCA 2020 sai de 3,58% para 3,56%, aponta Focus

Os economistas do mercado financeiro alteraram levemente a previsão para o IPCA - o índice oficial de preços - em 2020. O Relatório de Mercado Focus divulgado nesta segunda-feira, 20, pelo Banco Central (BC), mostra que a mediana para o IPCA neste ano foi de alta de 3,58% para 3,56%. Há um mês, estava em 3,60%. A projeção para o índice em 2021 seguiu em 3,75%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

O relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2022, que seguiu em 3,50%. No caso de 2023, a expectativa permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,50% para ambos os casos.

A projeção dos economistas para a inflação está abaixo do centro da meta de 2020, de 4,00%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 ponto porcentual (índice de 2,50% a 5,50%). No caso de 2021, a meta é de 3,75%, com margem de 1,5 ponto (de 2,25% a 5,25%). Já a meta de 2022 é de 3,50%, com margem de 1,5 ponto (de 2,00% a 5,00%).

No início de janeiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o IPCA subiu 1,15% em dezembro. Em 2019, a taxa acumulada foi de 4,31%.

Em dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC atualizou suas projeções para a inflação. Considerando o cenário de mercado, a projeção para o IPCA em 2020 estava em 3,5% e, para 2021, em 3,4%.

No Focus agora divulgado, entre as instituições que mais se aproximam do resultado efetivo do IPCA no médio prazo, denominadas Top 5, a mediana das projeções para 2020 seguiu em 3,50%. Para 2021, a estimativa do Top 5 permaneceu em 3,75%. Quatro semanas atrás, as expectativas eram de 3,50% e 3,75%, nesta ordem.

No caso de 2022, a mediana do IPCA no Top 5 permaneceu em 3,75%, ante 3,63% de um mês atrás. A projeção para 2023 no Top 5 seguiu em 3,75%, ante 3,63% de quatro semanas antes.

Últimos 5 dias úteis

A projeção mediana para o IPCA de 2020 atualizada com base nos últimos 5 dias úteis foi de 3,53% para 3,50%. Houve 53 respostas para esta projeção no período. Há um mês, o porcentual calculado estava em 3,59%.

No caso de 2021, a projeção do IPCA dos últimos 5 dias úteis seguiu em 3,75%. Há um mês, estava no mesmo patamar. A atualização no Focus foi feita por 45 instituições.

Outros meses

Os economistas do mercado financeiro alteraram a previsão para o IPCA em janeiro de 2020, de alta de 0,38% para 0,36%. Um mês antes, a estimativa indicava inflação de 0,38%.

Para fevereiro, a projeção no Focus foi de alta de 0,39% para 0,37% e, para março, permaneceu em alta de 0,30%. Há um mês, os porcentuais de alta eram de 0,42% e 0,32%, respectivamente.

No Focus divulgado nesta manhã, a inflação suavizada para os próximos 12 meses foi de 3,58% para 3,57% de uma semana para outra - há um mês, estava em 3,84%.

Preços administrados

O Focus também indicou alteração na projeção para os preços administrados em 2020. A mediana das previsões do mercado financeiro para o indicador este ano foi de alta de 3,81% para 3,77%. Para 2021, a mediana permaneceu em alta de 4,00%. Há um mês, o mercado projetava aumento de 3,94% para os preços administrados em 2020 e de 4,00% em 2021.

As projeções atuais do BC para os preços administrados, no cenário de mercado, indicam elevação de 3,6% em 2020. Este porcentual foi atualizado na ata do último encontro do Copom

IGP-M

O relatório do Banco Central, mostrou, por fim, que a mediana das projeções do IGP-M de 2020 passou de 4,36% para 4,32%. Há um mês, estava em 4,18%. No caso de 2021, o IGP-M projetado seguiu em alta de 4,00%, igual a quatro semanas antes.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são bastante afetados pelo desempenho do câmbio e pelos produtos de atacado, em especial os agrícolas.

Estimativa de alta do PIB de 2020 passa de 2,30% para 2,31% no Focus do BC

A expectativa de crescimento da economia em 2020 passou de 2,30% para 2,31%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 20, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa de alta era de 2,28%.

Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

Em dezembro, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2020, de alta de 1,8% para elevação de 2,2%.

No Focus desta segunda-feira, a projeção para a produção industrial de 2020 foi de alta de 2,10% para 2,19%. Há um mês, estava em 2,02%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 2,50% para 2,45%, ante 2,50% de quatro semanas antes.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 foi de 57,90% para 57,60%. Há um mês, estava em 57,90%. Para 2021, a expectativa foi de 58,30% para 58,00%, ante 59,00% de um mês atrás.

Expectativa para câmbio do fim de 2020 passa de R$ 4,04 para R$ 4,05 no Focus

O Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 20, pelo Banco Central, mostrou leve alteração no cenário para a moeda norte-americana em 2020. A mediana das expectativas para o câmbio no fim do ano foi de R$ 4,04 para R$ 4,05, ante R$ 4,10 de um mês atrás.

Para 2021, a projeção para o câmbio permaneceu em R$ 4,00, mesmo valor de quatro pesquisas atrás.

Projeção para Selic de 2020 é mantida em 4,50% no Focus do BC

Brasília - Os economistas do mercado financeiro mantiveram suas projeções para a Selic (a taxa básica da economia) no fim de 2020. O Relatório de Mercado Focus trouxe nesta segunda-feira, 20, que a mediana das previsões para a Selic neste ano seguiu em 4,50% ao ano. Há um mês, estava no mesmo patamar.

Já a projeção para a Selic no fim de 2021 seguiu em 6,25% ao ano, igual a quatro semanas atrás. No caso de 2022, a projeção seguiu em 6,50%, igual a um mês antes. Para 2022, permaneceu em 6,50%, mesmo porcentual de quatro semanas atrás.

Em dezembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC cortou a Selic em 0,50 ponto porcentual, de 5,00% para 4,50% ao ano. Foi o quarto corte consecutivo da taxa básica. No comunicado sobre a decisão, o BC não se comprometeu com novos cortes no início de 2020.

"O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária", registrou o BC no comunicado da decisão.

Top 5

No grupo dos analistas que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo no Focus, a mediana da taxa básica em 2020 seguiu em 4,25% ao ano, igual a um mês antes. No caso de 2021, permaneceu em 6,25% ao ano, ante 6,50% de quatro semanas atrás.

A projeção para o fim de 2022 no Top 5 seguiu em 6,25%. Há um mês, estava em 6,50%. No caso de 2023, permaneceu em 6,25%, ante 6,50% de quatro semanas antes.

Por: Fabrício de Castro
Fonte: Estadão Conteúdo

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