Opep afirma que coronavírus deve reduzir demanda por petróleo em 2020

Publicado em 12/02/2020 11:50

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu nesta quarta-feira sua projeção para o crescimento global da demanda por petróleo neste ano devido à epidemia de um novo coronavírus.

Em relatório mensal, a Opep afirmou que a demanda por seu petróleo em 2020 deve ficar em média em 29,30 milhões de barris por dia (bpd), ou 200 mil bpd abaixo do previsto anteriormente.

A Opep produziu menos em janeiro do que a média prevista para 2020, devido a cortes planejados de oferta e perdas involuntárias de produção.

O relatório pode ajudar no convencimento sobre a necessidade de cortes ainda maiores de produção pelo grupo, que tem avaliado uma restrição adicional de oferta para compensar a demanda mais fraca.

Os preços do petróleo caíram 17% neste ano, para 55 dólares por barril, o que gerou preocupação entre países produtores.

"O impacto do surto de coronavírus sobre a economia da China aumentou as incertezas sobre o crescimento econômico global em 2020, e consequentemente sobre o crescimento da demanda por petróleo", escreveu a Opep no relatório.

"Claramente, os acontecimentos na China exigem contínuo monitoramento e avaliação."

No relatório, a Opep disse que a demanda por petróleo deve crescer em 990 mil bpd neste ano, o que representa uma redução de 230 mil bpd frente à previsão anterior.

A Opep, a Rússia e outros produtores, um grupo conhecido como Opep+, tem implementado desde 1° de janeiro um acordo para reduzir a oferta em 1,7 milhão de bpd, como forma de apoiar o mercado.

Em janeiro, a Opep reduziu a oferta além do previsto no acordo, com corte de 509 mil bpd, para 28,86 milhões de bpd, segundo fontes secundárias citadas no relatório. Além dos cortes planejados, houve perdas involuntárias na produção da Líbia.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Argentina busca retorno ao mercado global e anuncia leilão de título em dólares
Ibovespa renova máxima nos primeiros negócios e se aproxima de 165 mil pontos
Dólar se reaproxima da estabilidade no Brasil com mercado à espera de dados dos EUA
China se compromete a aumentar importações e assinar mais acordos comerciais nos próximos cinco anos
Preços mundiais dos alimentos caem pelo terceiro mês em novembro, diz FAO
Minério de ferro encerra semana em baixa devido à melhora na oferta e demanda fraca da China