XP vê lucro mais que dobrar no 2º tri, ações avançam

Publicado em 11/08/2020 18:16

BANGALORE, Índia (Reuters) - O lucro da XP no segundo trimestre mais que dobrou, impulsionado pela migração de investidores para a bolsa de valores após o juro do país cair para a mínima histórica.

A companhia de investimentos teve lucro líquido de 540 milhões de reais entre abril e junho, alta de 137% sobre um ano antes. Enquanto isso, os ativos sob custódia saltaram 59%, para 436 bilhões de reais.

As ações da companhia subiram mais de 2% após o fechamento do pregão regular.

"Agora, mais do que nunca, as pessoas foram empoderadas com taxas de juros baixas, motivando um crescimento acelerado no número de empreendedores", disse o presidente-executivo da XP, Guilherme Benchimol.

A média de adição líquida de clientes por mês caiu para cerca de 107 mil, ante 112 mil no primeiro trimestre. Ainda assim, os clientes ativos subiram 81% sobre um ano antes.

A receita líquida da companhia saltou 67,5%, para 1,92 bilhão de reais.

Linx diz que negocia possível fusão com StoneCo; ações disparam

SÃO PAULO (Reuters) - A produtora de software para o varejo Linx está em tratativas finais para uma possível combinação de negócios com a empresa de meio de pagamentos StoneCo, em um anúncio feito no meio do pregão desta terça-feira que fez as ações de ambas dispararem.

As ações da Linx fecharam em alta de 31,5%, a 34,40 reais, maior cotação desde fevereiro e maio ganho percentual diário da história dos papéis. Em Nova York, onde são negociados, os papéis da StoneCo avançaram 11%, a 52,39 dólares, cotação recorde para o fechamento.

A Linx afirmou em fato relevante que "não há, neste momento, nenhum documento vinculativo assinado pela companhia a respeito dessa transação, e, portanto, não há garantia de que uma potencial operação seja concluída".

Analistas do Bradesco BBI destacaram que a Linx possui alto valor estratégico, considerando que possui aproximadamente 45 mil clientes no segmento de varejo, com uma participação de mercado de aproximadamente 43%.

"Embora seu negócio principal tenha enfrentado alguns desafios nos últimos trimestres, especialmente em relação ao crescimento, a base de clientes da empresa oferece uma oportunidade atraente para monetização, além de apenas a receita de software", afirmaram em relatório a clientes.

Além disso, eles destacaram que um parceiro poderia ajudar nessa monetização de base por meio de um produto de pagamentos ou mesmo outras possibilidades.

Do lado da StoneCo, a equipe do Bradesco BBI observou que, embora não tenham nenhum detalhe específico sobre a transação, a companhia atualmente tem 531 mil comerciantes em sua base de clientes (segundo dados do primeiro trimestre), e a Linx poderia somar cerca de 170 mil.

"Além do aumento no número de clientes, uma plataforma cada vez mais integrada de pagamento para ERP poderia ajudar a reduzir o churn, melhorando a fidelidade e a aderência", avaliaram os analistas.

Eles ponderaram, no entanto, que um dos caminhos de crescimento mais promissores para Stone é a distribuição de serviços financeiros digitais, como crédito e seguros fornecidos por terceiros.

"Se essa transação com a Linx é apenas um trampolim para que isso seja possível, ótimo. Se, no entanto, a ideia for apenas replicar de forma integrada o modelo com ISVs (fornecedores independentes de software) visto nos Estados Unidos e em outros países, as perspectivas seriam menos promissoras, a nosso ver."

A equipe do Bradesco BBI ainda ressaltou que, dado o histórico de Stone, esperaria que a empresa seguisse uma solução de software mais completa antes de poder entender e conhecer melhor as necessidades de seus clientes em outras frentes (como crédito e seguro).

Na visão do analista Henrique Lara, sócio da Reach Capital, que tem posição na Linx, a possível fusão é uma das transações com maior potencial de sinergia atualmente disponível no mercado brasileiro.

"A conta simples que sempre foi feita é de que, se uma parte dos 250 bilhões de reais de transações que já passam pelos softwares da Linx forem processados por uma adquirência própria, em que algum pequeno percentual desse montante seja cobrado como custo de transação, trata-se de uma receita já maior do que os cerca de 800 milhões de reais que a Linx atualmente fatura", disse Lara. Ele elencou ainda possíveis produtos complementares como adiantamento de recebíveis, crédito, contas digitais para as lojas de varejo e seus funcionários, entre outros.

BTG Pactual pode investir com clientes em fundos de private equity, diz executivo

SÃO PAULO (Reuters) - O BTG Pactual poderá investir junto com clientes em fundos de private equity administrados pelo banco, afirmou o vice-presidente financeiro da instituição, João Dantas, a jornalistas nesta terça-feira.

Dantas afirmou que, diferente da estratégia anterior do BTG de investir pesado em companhias, o banco agora quer mostrar aos clientes que está correndo risco junto com eles, com participações que podem chegar a 5% do capital dos fundos.

Fonte: Reuters

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