Ibovespa orbita 101 mil pontos com noticiário corporativo sem tirar EUA do radar

Publicado em 21/10/2020 11:29

O Ibovespa flertava com os 101 mil pontos nesta quarta-feira, após alguma hesitação nos primeiros negócios, com o noticiário corporativo ocupando os holofotes enquanto agentes financeiros acompanham as negociações nos Estados Unidos para mais estímulos fiscais.

Às 11:11, o Ibovespa subia 0,47%, a 101.008,34 pontos. Na máxima, chegou a 101.148,97 pontos. O volume financeiro era de 5,76 bilhões de reais.

Nos Estados Unidos, Casa Branca e democratas tentam chegar a um acordo antes das eleições em novembro, embora muitos obstáculos permaneçam, incluindo o montante final do pacote de alívio aos efeitos econômicos do Covid-19.

"A pressão sobre ambas as partes (para um acordo) aumentou significativamente nas últimas semanas", destacou o analista Milan Cutkovic, da Axi.

DESTAQUES

- QUALICORP ON disparava 10,58%, após a rede de hospitais D'Or anunciar nesta quarta-feira que planeja ampliar sua participação companhia. A Rede D'Or, que está buscando aprovação do Cade para o negócio, já possui 10% de participação na Qualicorp.

- IRB BRASIL RE avançava 1,83% após resultado de agosto, que mostrou prejuízo líquido de 65,4 milhões de reais, mas se excluído o impacto de negócios descontinuados teria sido de lucro de 73,8 milhões. Além disso, a justiça extinguiu ação envolvendo perdas das ações exigindo garantia de 1 bilhão de reais.

- CYRELA ON valorizava-se 1,72%, após divulgar na terça-feira que seus lançamentos no terceiro trimestre somaram 2,59 bilhões de reais, o que equivale a um crescimento de 45,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Já as vendas contratadas líquidas saltaram 58,1%.

- EZTEC ON avançava 3,02%, tendo no radar previsão de realizar de 4 bilhões a 4,5 bilhões de reais em Valor Geral de Vendas para o agregado dos anos de 2020 e 2021, de empreendimentos exclusivamente residenciais, considerando somente a participação da companhia.

- WEG ON subia 0,14%, em meio à alta de 54% no lucro líquido do terceiro trimestre, para 644,2 milhões de reais, com a retomada da demanda de equipamentos de ciclo curto, além da manutenção do bom desempenho dos negócios de ciclo longo e controles de custos.

- CVC BRASIL ON recuava 2%, após valorização na véspera, enquanto o setor de viagens permanece sensível a incertezas sobre a recuperação da atividade após a pior fase da pandemia de Covid-19. GOL PN caía 1,27% e AZUL PN cedia 0,34%.

- PETROBRAS PN perdia 0,35%, em linha com o petróleo no exterior e após forte valorização na véspera, com dados da companhia conhecidos após o fechamento da terça-feira mostrando alta de 2,6% na produção de petróleo e gás, para 2,952 milhões de barris de óleo equivalente ao dia (boed) no terceiro trimestre.

- VALE ON mostrava acréscimo de 1,21%, apoiada na alta dos contratos futuros do minério de ferro negociados na China nesta quarta-feira, acompanhando os firmes preços no mercado físico.

- BRADESCO PN subia 1,44% e ITAÚ UNIBANCO PN avançava 1,11%, endossando o sinal positivo do Ibovespa, em meio a otimismo para os resultados do setor no terceiro trimestre, que começam na próxima semana, bem como percepções de que os preços estão atrativos.

- ÂNIMA ON, que não está no Ibovespa, mostrava acréscimo de 0,81%, após apresentar uma oferta maior pelos ativos no Brasil da Laureate, o que fez com que o grupo norte-americano de ensino encerrasse tratativas com a Ser Educacional, que receberá uma multa rescisória a ser paga pela rival brasileira. SER ON cedia 0,64%.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa fecha em alta e retorna aos 160 mil pontos com política e inflação no radar
Brasil vive pior crise institucional desde a democratização e 2026 ainda não deve trazer mudança profunda
Dólar tem baixa firme ante o real com cancelamento de entrevista de Bolsonaro
Taxas dos DIs fecham com baixas leves em reação positiva após Bolsonaro cancelar entrevista
STF autoriza cirurgia de Bolsonaro no dia 25 de dezembro
Ações europeias fecham em nova máxima recorde com impulso de Novo Nordisk a setor de saúde