Cenário político mundial, política fiscal brasileira e COVID-19 devem sustentar volatilidade até o final do ano

Publicado em 22/10/2020 10:53
Câmbio deve favorecer inserção das commodities brasileiras nos mercados internacionais

Os últimos meses de 2020 prometem ser voláteis, com o desenrolar de eventos políticos de peso, como as eleições presidenciais americanas e o encerramento do período de implementação do Brexit, além da possível conclusão das pesquisas por uma vacina segura contra o novo coronavírus.

Segundo relatório especial desenvolvido pela equipe de Inteligência de Mercado da StoneX, divulgado nesta quinta-feira (22) ao vivo durante evento realizado pelo grupo, a pandemia continua a ser uma ameaça, e dá sinais de que pode transferir seu epicentro para o hemisfério norte no quarto trimestre, conforme as temperaturas recuam e as pessoas se aglomeram em ambientes fechados durante o outono e inverno.

“A alta recente na taxa de transmissão da COVID-19 na Europa e o ressurgimento da doença em regiões do interior dos Estados Unidos implicam na possibilidade de readoção de medidas restritivas de distanciamento social e no risco de perda de dinamismo no processo de recuperação econômica”, avalia o grupo, em relatório.

No Brasil, a continuidade da retomada do nível de atividade, a trajetória das estatísticas fiscais e o progresso da agenda de reformas continuarão no foco dos investidores. Nos últimos meses, o discurso do governo federal trouxe dúvidas sobre sua aderência às medidas de ajuste das contas públicas, compromisso que deve ser colocado à prova na definição do Orçamento de 2021.

“Entre o cenário externo mais volátil e as incertezas domésticas, a taxa de câmbio do real tende a se manter em patamares desvalorizados, estabelecendo as condições para a inserção das commodities brasileiras nos mercados internacionais”, explica o coordenador de Inteligência de Mercado da StoneX, Vitor Andrioli.

No caso da soja, por exemplo, o câmbio favorável aliado às fortes importações chinesas, que foram ainda mais adiantadas devido aos temores do país quanto a possíveis rupturas em cadeias logísticas devido à COVID-19, impulsionou as exportações brasileiras em 2020. A comercialização da produção do ciclo 2020/21 já ultrapassa 50% do total estimado.

Qualquer dúvida, estamos a disposição.

Fonte: StoneX Group

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Governo liberará cerca de R$ 1 bi em emendas parlamentares para RS, diz Pimenta
Ações europeias fecham no maior nível em uma semana; Indra sobe
Ibovespa avança com blue chips em começo de semana com bateria de balanços
Wall Street abre em alta com expectativas de cortes na taxa de juros
Dólar tem alta frente ao real após queda recente em meio a expectativa por Copom