BC está "supertranquilo" com inflação e não vê motivação para política monetária diferente, diz Kanczuk

Publicado em 06/11/2020 15:22

Há pressão inflacionária corrente na economia brasileira, mas o Banco Central não vê o movimento adentrando 2021 e 2022, razão pela qual segue "supertranquilo", indicou o diretor de Política Econômica da autarquia, Fabio Kanczuk, nesta sexta-feira.

"Isso não deve fazer política monetária ser diferente", disse ele em participação online no evento Itaú MacroVision. "Na nossa leitura, é algo temporário."

Kanczuk destacou que parte da inflação de curto prazo mais alta já era esperada pelo BC conforme foi comunicado em setembro. Ele reconheceu que a magnitude do avanço foi maior, mas frisou que isso não deve constituir um problema para os próximos dois anos --horizonte relevante para a política monetária--, já que o BC prevê retração da demanda "semiartificial" impulsionada pelo auxílio emergencial, com volta do hiato do produto e dos preços.

"Antes da pandemia a gente estava com hiato grande e estava com a inflação muito baixa. Então o cancelamento da pandemia voltaria para essa situação onde a inflação baixa era um problema, e não inflação alta", frisou.

"Na cabeça do Banco Central as coisas estão acontecendo meio como a gente esperava", disse. "A gente está de olho, até porque é nosso trabalho ver em que sentido isso se manifesta no resto dos preços, mas por enquanto, supertranquilo."

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa tem semana de recuperação e volta a flertar com 161 mil pontos
Wall Street cai; temores de bolha de IA e inflação afastam investidores
Governo dos EUA retira Moraes e esposa de lista de sancionados pela Magnitsky
Dólar termina sessão estável ante o real e acumula baixa de 0,40% na semana
Taxas dos DIs cedem em dia de maior acomodação no cenário político e dados de serviços
Alckmin critica nível dos juros no país e diz que já há condição para Selic cair