Focus: Mercado melhora cenário para economia mas vê inflação mais alta em 2020 e 2021

Publicado em 30/11/2020 09:16 e atualizado em 30/11/2020 11:09

SÃO PAULO (Reuters) - O mercado voltou a melhorar a perspectiva para a economia brasileira neste ano e no próximo ao mesmo tempo em que elevou as contas para a inflação, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.

O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA agora é de 3,54% em 2020 e 3,47% em 2021, de 3,45% e 3,40% respectivamente no levantamento anterior.

O centro da meta oficial de 2020 é de 4 por cento e, de 2021, de 3,75 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa para este ano passou a uma contração de 4,50%, contra queda calculada anteriormente de 4,55%. A expectativa é que a economia se recupere com um crescimento de 3,45% no ano que vem, de 3,40% estimado antes.

Para a política monetária, não houve mudanças no cenário, com a Selic estimada em 2,0% ao final deste ano e em 3,0% em 2021.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo a taxa básica de juros em 2,0% este ano e em 2,50% no próximo.

Bolsa a caminho de melhor novembro desde 1999

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa futuro não sinalizava uma tendência clara para a abertura do mercado acionário à vista brasileiro nesta segunda-feira, em meio à falta de um viés único no exterior, com novembro caminhando para fechar com a melhor performance da bolsa paulista para o mês desde 1999.

Às 09:50, o contrato do Ibovespa que vence em 16 de dezembro cedia 0,05%, a 110.340 pontos.

Na última sexta-feira, o Ibovespa à vista subiu 0,32%, a 110.575,47 pontos, acumulando uma valorização de 17,69% no mês.

Na visão do estrategista Dan H. Kawa, CIO da TAG Investimentos, movimentos de acomodação em ativos de risco como os registrados no exterior nesta sessão são plenamente normais e esperados mesmo em momentos de otimismo do mercado, segundo comentários a clientes.

"Seguimos vivendo uma dicotomia entre um curto-prazo de notícias ainda desafiadoras em relação a uma pandemia, porém com perspectiva mais esperançosas em torna da vacina", afirmou.

Setor público tem superávit primário de R$ 2.953 bi em outubro

BRASÍLIA (Reuters) - O setor público brasileiro registrou superávit primário de 2.953 bilhões de reais em outubro, informou o Banco Central nesta segunda-feira, contrariando a expectativa de um déficit de 8.950 bilhões de reais do mercado, segundo pesquisa Reuters.

Em 12 meses até outubro, o resultado primário é deficitário em 661.798 bilhões de reais, equivalente a 9,13% do Produto Interno Bruto (PIB).

O BC informou ainda que o déficit nominal ficou em 30.924 bilhões de reais no mês passado, enquanto a dívida pública líquida representou 61,2 por cento do PIB.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

STF suspende prazos processuais em todas as ações ligadas ao RS
Wall St salta com dados de empregos nos EUA reforçando hipótese de cortes nos juros
Dólar cai ao menor valor em quase um mês com dados fracos de emprego nos EUA
Ibovespa fecha em alta com melhora em perspectivas sobre juros nos EUA
Taxas futuras de juros têm nova queda firme no Brasil após dados de emprego nos EUA