China passa a fazer testes retais para detectar covid-19, diz TV estatal (no Poder360)

Para conter a pandemia, o país tem realizado testes em massa e decretado lockdown nas regiões nas quais são registrados picos de novos casos de covid-19. A China voltou em janeiro a registrar alta de novos contaminados, depois de 5 meses sem variação no número de casos. O pico foi em 21 de janeiro, com 144 pessoas diagnosticadas com covid-19, segundo dados do monitor Worldometer.

Os picos em determinados locais do país levaram as autoridades de saúde a testar dezenas de milhares de pessoas pelo método RT-PCR. Para esse teste, normalmente as amostras são retiradas do nariz ou da garganta.

No entanto, segundo a emissora pública CCTV, moradores de vários bairros de Pequim onde foram descobertos casos recentemente, as pessoas têm sido submetidas a testes por via retal. A medida também está sendo imposta a pessoas em quarentena obrigatória em hotéis, incluindo viajantes que chegam do exterior.

O médico Li Tongzeng, do hospital You’an em Pequim, afirmou à CCTV que o teste retal “aumenta a taxa de detecção de pessoas infectadas” porque o coronavírus permanece mais tempo no ânus do que no trato respiratório.

Segundo a TV estatal, os testes retais não serão generalizados porque “não são práticos o suficiente“.

“Considerando que a coleta anal não é tão conveniente quanto os de garganta, no momento apenas grupos-chave, como aqueles em quarentena, recebem ambos”, afirmou Tongzeng.

De acordo com as autoridades da China, mais de 1.000 crianças em idade escolar e professores foram testados pelo ânus, pela garganta e pelo nariz na última semana, além de fazer o teste de anticorpos. A medida foi adotada após a descoberta de um caso assintomático, de acordo com autoridades locais.

Segundo a Bloomberg, na 2ª feira (25.jan.2021), passageiros de um voo de Changchun (capital e maior cidade da província de Jilin) para Pequim tiveram de desembarcar após autoridades descobrirem que uma pessoa de uma área considerada de alto risco para transmissão do vírus estava a bordo. Os passageiros foram levados a um hotel, onde profissionais de saúde coletaram amostras pelo nariz e pelo ânus. 

Como é que a COVID-19 realmente se parece (Xinhua)

Cientistas revelaram como é a COVID-19. O vírus infectou quase 100 milhões de pessoas, matando mais de 2 milhões em todo o mundo. "Ver é acreditar. É provável que as pessoas ignorem o perigo, se ninguém for capaz de vê-lo, especialmente se ele for um patógeno muito pequeno." (Xinhua, estatal chinesa)