#RenanSuspeito - Bolsonaristas lançam campanha no Twitter contra Renan na relatoria de CPI

Publicado em 18/04/2021 19:48
NO Poder360

Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, como as deputadas Carla Zambelli (PSL-SP) e Alê Silva (PSL-MG), estão fazendo uma campanha no Twitter contra a possibilidade de o senador Renan Calheiros (MDB-AL) ser o relator da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigará a forma como o governo federal lida com a pandemia e o uso de recursos da União por outros entres federados.

O relator é o responsável por elaborar o relatório final do colegiado e tem grande influência sobre os trabalhos de uma CPI. Há acordo para o senador alagoano ocupar o posto, mas só haverá confirmação quando o colegiado for instalado.

A hashtag #RenanSuspeito era a 5ª mais citada no Brasil na manhã deste domingo. Renan é crítico ao governo federal e tem demonstrado apoio ao petista e ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deve ser o principal adversário de Jair Bolsonaro na disputa pelo Planalto nas eleições do ano que vem.

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A imagem acima mostra os trending topics às 10h46 deste domingo

O Senado criou a CPI depois de determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso. O presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), não queria. Ele chegou ao posto com apoio de Bolsonaro.

O governo conseguiu que a CPI tivesse como alvo não só a conduta do Executivo federal, mas também o uso de recursos repassados a Estados e municípios.

O Executivo está sob pressão. Bolsonaro minimizou a pandemia em diversas ocasiões. Agora, o número de mortos pelo coronavírus passa de 370 mil no país. Além disso, a rejeição ao governo está em momento de pico, como mostrou pesquisa PoderData.

“Se a CPI vai investigar os repasses da União a Estados, tem sentido o possível relator ser PAI de um dos governadores?”, escreveu Carla Zambelli em sua conta no Twitter.

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Reprodução/Twitter – 18.abr.2021

Ela se refere ao fato de Renan Calheiros ser pai de Renan Filho (MDB-AL), governador de Alagoas. Apoiadores de Bolsonaro têm dito que o governo federal fez sua parte no combate à pandemia transferindo recursos para os Estados. E que é preciso apurar o que é feito com os recursos.

O discurso se insere em um conflito mais amplo entre Bolsonaro e os governadores. Os chefes dos Executivos estaduais determinaram medidas de isolamento social para conter o coronavírus. Medidas às quais Bolsonaro é contra pelos danos que causam à economia.

O nome mais cotado para ser presidente da CPI é Omar Aziz (PSD-AM), que não é aliado nem oposição direta. O governo tenta emplacar Marcos Rogério (DEM-RO) na relatoria em vez de Renan. Deve haver disputa até o último minuto.

É provável que a comissão seja instalada na 5ª feira (22.abr.2021), depois do feriado. A seguir, os integrantes da CPI:

“Iria novamente a Paris”, diz Ciro sobre 2º turno entre Lula e Bolsonaro 

Em entrevista ao O Globo criticou Lula e Bolsonaro; Disse não fará aliança com PT

Em entrevista ao jornal O Globo, Ciro Gomes afirma que viajaria novamente em 2º turno entre Lula e Jair Bolsonaro

O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou, em entrevista ao jornal O Globo publicada neste domingo (18.abr), ter “convicção” de ter tomado a decisão certa ao ter deixado o país em 2018, quando foi a Paris durante o 2º turno da das eleições presidenciais entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad (PT).

“Eu faria hoje [viajaria] com muito mais convicção. Em 2018, fiz com grande angústia. Aquela eleição já estava perdida. Mesmo somando meus votos com os do Haddad, não alcançaríamos Bolsonaro. Lula mentiu para o povo dizendo que era candidato quando todos sabiam que não seria. Manipulou até 22 dias antes da eleição, deixando parte da população excitada”, afirmou.

Na entrevista, Ciro também afirmou que nunca mais fará aliança com o PT, definindo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como “cínico“.

“O lulopetista fanático não me apoiará. Prefere Bolsonaro. No Senado, Renan Calheiros e Eunício Oliveira apoiaram o impeachment. Aí, eu parto para cima dessa gente. E, um ano depois, lá está Lula agarrado a eles. E ainda tem quem ache que devo alguma coisa ao PT. Nunca mais faço aliança com eles”, afirmou.

“Lula virou uma pessoa que, o que diz de manhã, já não serve de tarde. Está tomado de ódio. Tudo o que domina Lula hoje é a vontade de se vingar. Lula tem cinismo. A gente faz monitoramento de rede. Eles continuam atacando a mim e a outras pessoas na blogosfera. Lula dá a ordem, eles fazem. Se existe gabinete do ódio com Bolsonaro, com o PT é igualzinho”, disse.

Afirmou, também, não ser provável uma aliança entre os demais pré-candidatos à Presidência anti-bolsonaro que também assinara uma carta-manifesto assinada a favor da democracia em 31 de março. Participaram da carta outros 5 pré-candidatos a presidente em 2022. Entre eles, os governadores João Doria (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), João Amoêdo (Novo), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o apresentador Luciano Huck (sem partido).

“Só conversei com o Mandetta, que foi quem costurou o manifesto (…) O ideal seria que todo mundo que acha que o lulopetismo e o bolsonarismo não prestam ao país fizesse enorme esforço de unificação para dar ao povo uma via alternativa concreta e produtiva que diminuísse o nível de ódio e paixão. Mas, realisticamente, não é provável”, afirmou.

ALVO DE MEMES

O site de humor Sensacionalista fez piada com Ciro sobre a sua viagem a Paris em 2018. A publicação, feita no blog e no Twitter do portal, diz que “França suspende voos do Brasil e Ciro terá de apoiar Lula“.

A piada se refere ao fato de o primeiro-ministro da França, Jean Castex, ter mencionado o Brasil em discurso realizado nessa 3ª feira (13.abr.2021), no parlamento do país. O premiê afirmou que a situação do Brasil é grave e que a variante P.1 do coronavírus, originada em Manaus (AM) “apresenta dificuldades reais”. Por isso, o governo francês decidiu suspender por tempo indeterminado os voos entre Brasil e França.

“É perfeitamente incorreto dizer que ficamos sem agir. No entanto, estamos vendo que a situação está piorando e por isso decidimos suspender todos os voos entre o Brasil e a França até novo aviso”, declarou Castex.

Eis a fala do Premiê Jean Castex sobre o Brasil (1min37s):

O veto a viagens entre os 2 países era um pedido de autoridades de saúde da França. Epidemiologistas e médicos dizem que é preciso evitar que a P.1 se espalhe pelo país. Há indícios que a variante seja mais transmissível e mais letal que a cepa original do coronavírus Sars-CoV-2.

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Fonte:
Poder360

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