Ministério da Saúde planeja adiantar aplicação da segunda dose da Pfizer em setembro, diz Queiroga

Publicado em 15/08/2021 07:29

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse neste sábado que o governo federal pretende antecipar a aplicação da segunda dose de vacinas da Pfizer a partir de setembro deste ano, quando todos as pessoas acima de 18 anos já tiverem tomado ao menos uma dose de vacinas.

"À medida em que a gente avance na primeira dose, já se rediscutiu colocar a Pfizer no intervalo de 21 dias. Aí a gente avança na segunda", acrescentando que a previsão de isso acontecer é em setembro. "Nós já temos 70% da população acima de 18 anos com uma dose.

A bula das vacinas da Pfizer indica a aplicação da segunda dose 21 dias depois da primeira, mas o governo brasileiro decidiu estender o prazo para três meses inicialmente por temor sobre o cronograma de chegada dos imunizantes ao país.

Com a regularização da entrega, o Ministério da Saúde começou a estudar a volta ao prazo original, mas retardou a mudança até a vacinação chegar aos 18 anos a pedido dos secretários estaduais.

Em um evento em Brasília, Queiroga aproveitou também para criticar a decisão do governo de São Paulo de entrar na Justiça para receber doses de vacinas que, de acordo com a Secretaria de Saúde, o ministério deve ao estado e não entregou.

"Apesar de ser um direito ir à Justiça, entendo que é uma ação descabida. De certa maneira, é uma litigância de má-fé por parte do Estado de São Paulo", afirmou Queiroga. "Como estão anunciando vacinação entre 18 e 20 anos e não tem vacina? Tem vacina sim, têm recebido vacinas."

Queiroga insiste que São Paulo retirou doses a mais da CoronaVac diretamente do instituto Butantan, e que as doses de Pfizer não entregues seriam uma equalização. Em uma reunião na semana passada o Estado e o ministério tentaram um acordo mas, a despeito da promessa de Queiroga de que a situação seria regularizada, a situação não se resolveu.

"O que o ministério quer é garantir equidade, que os estados todos sigam um ritmo semelhante. Claro que existem pequenas variações, depende da demografia de cada Estado, mas se trabalhássemos juntos no diálogo para resolver essas questões, em vez de dar trabalho à Justiça, seria muito melhor", disse o ministro.

Brasil registra 926 novas mortes por covid-19 e chega 568.788 desde início da epidemia

BRASÍLIA (Reuters) - O Brasil registrou neste sábado 926 novas mortes devido ao coronavírus, chegando a um total de 568.788 óbitos desde o início da epidemia, segundo dados do Ministério da Saúde.

Os números mostram que o total de casos de confirmados de infecções pelo novo coronavírus no país alcançou 20.350.142 com a contabilização de mais 31.142 registros neste sábado.

A média móvel dos óbitos no país nos últimos 14 dias está em 885,86 a menor desde janeiro deste ano.

Governo Biden planeja doses de reforço para vacinas a partir de outubro

(Reuters) - O governo norte-americano está planejando passar a oferecer doses de reforço para as vacinas contra a Covid-19 para parte da população do país a partir do outono no hemisfério norte, informou neste sábado o jornal New York Times, citando pessoas com acesso aos estudos.

Os primeiros reforços provavelmente serão dados a residentes de asilos e profissionais de saúde, seguidos por outras pessoas mais velhas que estavam perto da linha de frente quando as vacinações começaram no final do ano passado, relatou o jornal.

As autoridades imaginam aplicar a essas pessoas a mesma vacina que receberam originalmente. O planejamento prevê o início do esforço em outubro, mas não foi estabelecido ainda um cronograma.

(Reuters) - A quantidade de crianças internadas com Covid-19 nos Estados Unidos atingiu a sua maior marca, de pouco mais de 1.900 neste sábado, e hospitais no sul do país estavam com capacidade máxima para enfrentar surtos causados pela variante Delta.

A variante Delta, que está rapidamente se espalhando pela população não vacinada dos EUA, tem causado um pico de internações nas últimas semanas, o que levou as internações pediátricas a 1.902 neste sábado, segundo dados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA.

As crianças neste momento representam 2,4% das internações por Covid-19 do país. Crianças com menos de 12 anos não são elegíveis para receber a vacina e ficam mais vulneráveis às infecções da nova e altamente transmissível variante do que estavam no começo da pandemia.

Os números de novos pacientes internados por Covid-19 nas faixas de idade 18-29, 30-39 e 40-49 também atingiram marcas recordes nesta semana, segundo dados do Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC).

O pico de novos casos tem acirrado as tensões entre líderes estaduais conservadores e distritos locais discutindo se crianças deveriam usar máscaras na escola quando voltarem às salas de aula este mês.

Um quinto das internações do país por Covid-19 está na Flórida, onde o número de pacientes com Covid-19 atingiu um recorde de 16.100 no sábado, segundo contagem da Reuters. Mais de 90% dos leitos de tratamento intensivo estão ocupados, de acordo com dados do Departamento de Saúde e Serviços Humanos.

O maior sindicato de professores do país, a Associação de Educação Nacional (NEA, na sigla em inglês), apoiou a obrigatoriedade de vacinação para seus membros esta semana. A presidente da NEA, Becky Pringle, afirmou no sábado que as escolas deveriam adotar estratégias de mitigação, de vacinas a máscaras, para garantir que os estudantes voltem às salas de aulas de maneira segura neste ano escolar.

"Nossos estudantes com menos de 12 anos não podem ser vacinados. É nossa responsabilidade mantê-los seguros. Mantê-los seguros significa que todos que podem se vacinar devem ser vacinados", disse Pringle à CNN.

Baixas taxas de vacinação permitiram que o surto da variante Delta se acelerasse, com algumas das maiores taxas de infecção e pacientes mais doentes concentrados em estados onde moradores hesitaram para receber a dose. Pouco mais de 50% da população dos EUA está completamente vacinada, segundo o CDC.

Os EUA agora têm uma média de cerca de 129.000 novos casos de Covid-19 por dia, um total que dobrou em pouco mais de duas semanas, segundo a contagem da Reuters. A quantidade de internações de pacientes por Covid-19 está em seu patamar mais alto em seis meses, e cerca de 600 pessoas morrem todos os dias pro Covid-19, dobro do total de mortes do fim de julho.

França tem novo final de semana de protestos contra passe sanitário

PARIS (Reuters) - Manifestantes marcharam em cidades de toda a França pelo quinto fim de semana consecutivo para protestar contra as regras sanitárias impostas pelo governo que torna obrigatória a apresentação de um passe de saúde para atividades diárias, no que pode ter sido o maior protesto até agora.

Os manifestantes se reuniram pelas ruas de Paris, Marselha, Nice, Montpellier e outras cidades agitando cartazes com os dizeres "Passe = Apartheid" e gritando "Liberdade, liberdade".

Desde a última segunda-feira, os cidadãos franceses são obrigados a mostrar o passe em locais públicos, comprovando que foram vacinados ou recentemente tiveram resultado negativo para o coronavírus.

Depois de uma semana de leniência da polícia, o governo prometeu endurecer a fiscalização. E os testes, a menos que prescritos por um médico, não serão mais gratuitos a partir de outubro.

O número de manifestantes mais do que dobrou entre o primeiro e o quarto sábado de protesto, de 114.000 em 17 de julho para 237.000 em 7 de agosto.

As autoridades estimam que os mais de 200 atos em andamento no país totalizarão cerca de 250.000 manifestantes.

Os protestos uniram um grupo heterogêneo contra a legislação do presidente Emmanuel Macron, que visa ajudar a conter uma quarta onda de infecções por Covid-19 que se espalha pela França e ajudar a proteger a recuperação econômica do país.

O número de pessoas tratadas para Covid-19 em unidades de terapia intensiva mais do que dobrou em menos de um mês, chegando a 1.831 na sexta-feira, um número mais de três vezes menor do que o terceiro pico de bloqueio de 6.001, mas alto o suficiente para desencadear novas medidas restritivas em certas áreas.

Dados do Ministério da Saúde mostraram que nove em cada dez pacientes com Covid-19 recentemente admitidos em terapia intensiva não foram vacinados. A maioria dos franceses apóia o passe de saúde, mostram as pesquisas.

Entre os manifestantes estão remanescentes do movimento antigovernamental "Colete Amarelo" que abalou a liderança de Macron durante 2018-2019, e também outros cidadãos que são antivacinas ou consideram o passe de saúde discriminatório.

As taxas de vacinação aumentaram depois que Macron revelou seus planos de passe de saúde no mês passado. Quase 70% de todos os franceses já receberam uma dose e 57,5% estão totalmente vacinados.

Em meio a nova onda de Covid-19, Irã proíbe viagens e ordena lockdown

DUBAI (Reuters) - O Irã deve impor um lockdown de uma semana e proibir deslocamentos rodoviários, em meio a um quinto surto de Covid-19 no país mais atingido pela pandemia no Oriente Médio, segundo a televisão estatal informou neste sábado.

Todos os negócios não essenciais e escritórios terão que fechar sob o lockdown nacional que estará em vigor a partir de segunda-feira, 21 de agosto, uma tentativa de conter a disseminação da altamente contagiosa variante Delta.

As autoridades também estão impondo uma proibição a veículos a partir de domingo, 27 de agosto, exceto àqueles que são essenciais.

O ministério da Saúde relatou 29.700 novos casos no sábado, com 466 mortes, uma queda depois do recorde de 588 registrado na segunda-feira. O total de mortes alcançou 97.208, segundo os números oficiais.

Usuários das redes sociais acusaram o governo de má gestão em relação às vacinas porque até agora apenas 3,8 milhões de pessoas foram totalmente imunizadas, de uma população com 83 milhões. 

Fonte: Reuters

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