Evans, do Fed, diz que economia está "perto" de atingir condições para redução de estímulo

Publicado em 27/09/2021 09:40

Por Lindsay Dunsmuir

(Reuters) - A economia dos Estados Unidos está perto de atingir as condições do Federal Reserve para começar a reduzir seu programa de compras de títulos e conseguirá isso mais cedo se os ganhos de emprego continuarem, disse nesta segunda-feira o presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, a mais nova autoridade a apoiar a saída do banco central de suas políticas da crise.

"Vejo a economia perto de atingir o padrão de 'mais progresso substancial' que adotamos em dezembro", disse Evans em declarações preparadas para a conferência anual da National Association for Business Economics.

"Se o fluxo de melhora do emprego continuar, parece provável que essas condições sejam atingidas em breve e que a redução possa começar."

Evans havia dito anteriormente apenas que esperava em algum momento este ano a redução das atuais compras mensais de 120 bilhões de dólares do Fed, que têm o objetivo de reduzir os juros de longo prazo.

Na quarta-feira passada, o chair do Fed, Jerome Powell, sinalizou que o banco central norte-americano deverá começar a reduzir o estímulo já em novembro depois de dizer após a reunião de política monetária, na qual o Fed manteve os juros perto de zero, que a economia estava a um relatório de emprego "decente" de atingir as condições. O próximo relatório será divulgado em 8 de outubro.

Desde então, duas autoridades do Fed, as presidentes do Fed de Cleveland, Loretta Mester, e de Kansas City, Esther George, disseram que veem a economia já em forma suficiente para que o banco central comece a retirar o suporte.

Mas diferente de alguns de seus colegas, Evans permanece inabalável em sua visão de que a atual inflação acima do esperado não exige um aumento iminente dos juros conforme a redução de estímulo for finalizada.

"Estou mais preocupado por não gerarmos inflação suficiente em 2023 e 2024 do que com a possibilidade de vivermos com (inflação) demais", disse Evans ao argumentar que as questões do lado da oferta que provocaram salto da inflação vão se dissipar ao longo do próximo ano.

Fonte: Reuters

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