Ativos brasileiros no exterior seguem sob pressão, mas em quedas menores

Publicado em 22/10/2021 08:42

Ativos financeiros brasileiros negociados em praças externas mantinham-se de forma geral sob pressão nesta sexta-feira, depois de tombos na véspera pela perspectiva de deterioração estrutural no arcabouço fiscal doméstico.

Mas o tom negativo parecia menos pronunciado nesta manhã, com as perdas no exterior desacelerando à medida que investidores reveem cenários depois do chacoalhão de quinta-feira.

As negociações pré-mercado em Nova York do iShares MSCI Brazil ETF, principal fundo de índice de ações brasileiras transacionado nos EUA, indicavam queda de 0,5%, após tombo de 4,8% na véspera.

Um ETF em Paris que acompanha o Ibovespa perdia 1,5% nesta manhã, e os bônus brasileiros em dólar cediam. Mas contratos de real na Bolsa Mercantil de Chicago (CME, na sigla em inglês) subiam 0,2%, para uma cotação de 5,6689 reais por dólar.

Os mercados aqui devem analisar a debandada de figuras importantes do Ministério da Economia, com as saídas anunciadas já com os negócios encerrados na quinta-feira. O ministro da Economia, Paulo Guedes, sob nível inédito de pressão e isolamento, pode falar em evento público ainda nesta sexta.

A aprovação em comissão da PEC dos Precatórios, com espaço fiscal de mais de 80 bilhões de reais; e falas do presidente Jair Bolsonaro e do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), também estão no radar.

Na quinta, o dólar à vista disparou para uma nova máxima em seis meses, o Ibovespa despencou a uma mínima desde novembro, e os juros futuros saltaram.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

STF suspende prazos processuais em todas as ações ligadas ao RS
Wall St salta com dados de empregos nos EUA reforçando hipótese de cortes nos juros
Dólar cai ao menor valor em quase um mês com dados fracos de emprego nos EUA
Ibovespa fecha em alta com melhora em perspectivas sobre juros nos EUA
Taxas futuras de juros têm nova queda firme no Brasil após dados de emprego nos EUA