Crise na Ucrânia irá atingir economia, mas UE está preparada, dizem autoridades

Publicado em 25/02/2022 16:27

Por Leigh Thomas e Jan Strupczewski

PARIS (Reuters) - A invasão russa da Ucrânia irá desacelerar o crescimento econômico europeu neste ano, fazendo subir os preços do setor de energia e baixar a confiança do empresariado afetando em alguma extensão a atividade comercial, mas a União Europeia está preparada para isso, afirmaram autoridades financeiras da UE nesta sexta-feira.

"Sabemos que haverá custos econômicos. Esses custos irão emergir nas próximas semanas e meses", disse o chairman dos ministros de Finanças da zona do euro, Paschal Donohoe, acrescentando que as autoridades do setor irão revisar os planos fiscais nas próximas semanas para certificar que é possível apoiar a economia se for necessário.

"O impacto será diferente para diferentes Estados-membros", disse em entrevista coletiva após a reunião dos ministros e presidentes de bancos centrais.

Os líderes da UE concordaram na quinta-feira na imposição de novas sanções aos setores financeiro, energético e de transportes da Rússia, introduzindo controles de exportação e incluindo mais russos em listas restritivas após Moscou lançar uma ofensiva total contra a Ucrânia.

Isso significa que os países que vendem seus produtos à Rússia verão uma queda em suas receitas. A Rússia, principal fornecedora de energia à Europa, pode retaliar segurando vendas de gás, petróleo e carvão para a UE, embora isso possa ter um custo elevado a Moscou.

Mas a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, disse que o principal impacto da guerra na Ucrânia deve provavelmente vir com os altos preços de energia e com a incerteza, que afetará a confiança e o consumo.

(Reportagem de Jan Strupczewski e Leigh Thomas)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Bolsonaro teve novos episódios de soluços e passou por mais um procedimento, diz boletim
Índices S&P 500 e Nasdaq ficam estáveis em negociações fracas de fim de ano e Meta sobe com acordo
Ibovespa sobe no último pregão de ano e confirma melhor desempenho desde 2016, com ganho de 34%
Dólar à vista fecha o dia em queda firme e acumula recuo de mais de 11% no ano
Taxas dos DIs fecham estáveis com dados de emprego e ata do Fed no radar
Índia impõe tarifa de três anos sobre alguns produtos de aço para conter importações baratas