Alta adicional na Selic teria reforçado vigilância, mas manutenção considerou cautela, diz BC

Publicado em 27/09/2022 08:23

O Banco Central avaliou que uma elevação adicional da taxa Selic na semana passada teria reforçado postura de vigilância e refletiria a observação da atividade mais forte do que esperada, mas a decisão final de manter a taxa em 13,75% considerou cautela e necessidade de avaliar os impactos do aperto feito até agora nos juros, conforme ata do Comitê de Política Monetária publicada nesta terça-feira.

“Dois membros do comitê votaram por uma elevação residual de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros. Esses membros argumentaram que a alta adicional fortaleceria a mensagem de comprometimento do Comitê com sua estratégia, diante da elevação das expectativas de inflação e da projeção no cenário de referência para o ano de 2024, em ambiente de incerteza sobre o nível do hiato do produto e a dinâmica da atividade”, disse.

Segundo a ata, os membros divergentes (Fernanda Guardado e Renato Gomes) avaliaram que os riscos de alta da inflação podem ter impactos mais duradouros caso se materializem, e sugeriram cautela adicional na avaliação das projeções do cenário de referência para o ano de 2024.

Na semana passada, o Banco Central decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano, interrompendo às vésperas da eleição presidencial seu agressivo ciclo de aperto monetário para controlar a inflação, mas ponderou que não hesitará em retomar as altas nos juros se a redução dos preços não transcorrer como o esperado.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa fecha com alta discreta apoiado por Itaú e Bradesco em dia com vencimento de opções
Dólar fecha estável após leilões do BC, mas sobe 2,18% na semana
Congresso aprova Orçamento de 2026 com R$61 bi de emendas e superávit de R$34,5 bi
Brasil espera que acordo Mercosul-UE seja assinado o mais rápido possível, diz Alckmin
PF conclui que Bolsonaro precisa de cirurgia de hérnia
Taxas dos DIs caem na contramão dos Treasuries em dia de ajustes