EUA impõem sanções à Rússia por anexação de territórios ucranianos

Publicado em 30/09/2022 12:45 e atualizado em 30/09/2022 13:36

Por Daphne Psaledakis e Steve Holland

WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos impuseram nesta sexta-feira sanções abrangentes à Rússia por sua anexação declarada de territórios da Ucrânia, visando centenas de pessoas e empresas, incluindo aquelas do complexo militar industrial da Rússia e membros do legislativo.

Os Estados Unidos agiram depois que o presidente russo, Vladimir Putin, proclamou nesta sexta-feira a maior anexação na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, declarando o domínio russo sobre 15% da Ucrânia.

"Não vamos ficar parados enquanto Putin tenta de forma fraudulenta anexar partes da Ucrânia", disse a secretária do Tesouro, Janet Yellen, em comunicado.

"Os Estados Unidos rejeitam inequivocamente a tentativa fraudulenta da Rússia de mudar as fronteiras internacionalmente reconhecidas da Ucrânia, inclusive realizando falsos referendos", afirmou o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, em comunicado.

O Departamento do Tesouro dos EUA disse que impôs sanções a 14 pessoas no complexo militar industrial da Rússia, duas autoridades do banco central do país, familiares de autoridades graduadas e 278 membros da legislatura da Rússia "por permitir referendos falsos da Rússia e tentativa de anexar território soberano da Ucrânia".

O Tesouro também emitiu orientações alertando sobre um risco aumentado de sanções para aqueles que estão fora da Rússia, caso forneçam apoio político ou econômico a Moscou.

O Departamento de Estado dos EUA, em um comunicado separado, disse que impôs restrições de visto a mais de 900 pessoas, incluindo membros das Forças Armadas russas e bielorrussas e "representantes da Rússia por violarem a soberania, integridade territorial e independência política da Ucrânia", impedindo-os de viajar para o Estados Unidos.

A Rússia declarou as anexações depois de realizar o que chamou de referendos em áreas ocupadas da Ucrânia. Governos ocidentais e Kiev disseram que as votações violaram a lei internacional e foram coercitivas e não representativas.

(Reportagem de Daphne Psaledakis, Steve Holland, Karen Freifeld, Doina Chiacu e Heather Timmons)

Fonte: Reuters

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