Zelenskiy diz à Europa: seja mais rápida com a ajuda militar ou enfrente uma longa guerra

Publicado em 24/03/2023 07:57

Por Nick Starkov

KIEV (Reuters) - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pediu nesta quinta-feira à Europa que aumente e acelere o fornecimento de armamentos modernos à Ucrânia e imponha sanções mais duras à Rússia, dizendo que, caso contrário, a guerra pode se arrastar por anos.

Em um longo e direto discurso por vídeo aos líderes da União Europeia, proferido de dentro de um trem, Zelenskiy disse que cabe ao bloco de 27 países tomar medidas para conter a Rússia mais de um ano após a invasão da Ucrânia. 

Embora as autoridades ucranianas tenham instado repetidamente os parceiros a aumentar o fornecimento de armas, os comentários de Zelenskiy representaram uma demonstração aberta e incomum de frustração. 

"Se a Europa esperar, o mal pode ter tempo para se reagrupar e se preparar para anos de guerra. Está em seu poder impedir isso", disse o ucraniano em discurso aos líderes da UE, que fizeram uma reunião com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres. 

Foi a UE, disse ele, que atrasou as decisões sobre o fornecimento de armas de longo alcance, aeronaves de combate modernas e o avanço das negociações sobre a adesão da Ucrânia à UE. 

"Caros colegas, vocês não acham que tivemos menos sucessos do que atrasos em nossas ações conjuntas? Infelizmente, esse é o caso. E o Kremlin vê isso", disse.

Os aliados ocidentais expressaram sérias reservas quanto ao envio de caças ocidentais atualizados para a Ucrânia. 

Zelenskiy também reclamou que a UE parecia não ter pressa em impor mais sanções à Rússia.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa fecha com alta marginal sustentada por Vale após BC
Petróleo recua com foco em negociações de paz na Ucrânia
StoneX espera que Sul e Sudeste guiem o crescimento da demanda por diesel B em 2026
Dólar cai para perto dos R$5,40 com correção refletindo decisões de juros
Senado do México aprova aumento de tarifas contra produtos brasileiros
Putin liga para Maduro e Lukashenko se reúne com enviado da Venezuela, enquanto Trump aumenta a pressão