Prigozhin foi informado de que não lutaria mais na Ucrânia, diz parlamentar russo
MOSCOU (Reuters) - O chefe mercenário russo Yevgeny Prigozhin foi informado de que seu grupo Wagner não lutaria mais na Ucrânia, uma vez que ele se recusou a assinar contratos para colocar seus mercenários sob a influência do Ministério da Defesa, disse um parlamentar sênior nesta quinta-feira.
O coronel-general Andrei Kartapolov, um parlamentar influente que preside o comitê de defesa da câmara baixa do Parlamento, disse que o motivo do motim de sábado foi o desacordo de Prigozhin com a exigência do Ministério da Defesa de que seu grupo de mercenários assinasse contratos.
"Como vocês sabem, alguns dias antes da tentativa de motim, o Ministério da Defesa disse que todas as formações que executam tarefas de combate precisariam assinar contratos com o Ministério da Defesa", afirmou Kartapolov.
"Todos começaram a implementar esta decisão... todos, exceto o sr. Prigozhin."
Prigozhin disse em 11 de junho que seus combatentes de Wagner não assinariam nenhum contrato com o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, acrescentando que Shoigu era incapaz de administrar unidades militares.
Kartapolov afirmou que após a recusa de Prigozhin em assinar os contratos, ele foi informado de que seus mercenários não lutariam mais na Ucrânia e, portanto, não receberiam dinheiro do Estado.
Como resultado, disse o parlamentar, Prigozhin cometeu traição devido a "ambições exorbitantes" e dinheiro.
(Reportagem da Reuters)