Índia tem intenção positiva e mente aberta sobre expansão dos Brics, diz secretário de Relações Exteriores

Publicado em 21/08/2023 08:51 e atualizado em 21/08/2023 09:21

 

Por Krishn Kaushik

NOVA DÉLHI (Reuters) - A Índia tem "intenções positivas e uma mente aberta" com relação à expansão do grupo de países Brics, disse o secretário de Relações Exteriores indiano, Vinay Kwatra, nesta segunda-feira.

"Não queremos antecipar o resultado das discussões sobre a expansão dos Brics", disse ele, antes de uma cúpula do grupo, composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, em Johanesburgo, de 22 a 24 de agosto, da qual o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, deverá participar.

Ele disse que os Brics estão discutindo o aumento do comércio em moedas nacionais. Mas, embora o Brasil e a Rússia tenham mencionado a possibilidade de uma moeda comum para o bloco, isso não faz parte da agenda.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursará virtualmente na cúpula, enquanto seu ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, comparecerá em seu lugar.

A reunião presencial será a primeira para os líderes das nações dos Brics desde 2019, e a expansão é uma parte importante da agenda do encontro.

Em meio à insatisfação com a ordem mundial vigente, cerca de 40 nações manifestaram interesse em se juntar ao grupo, para torná-lo um campeão da defesa do "Sul Global".

Kwatra disse que, como o grupo depende da obtenção de um consenso, seus membros precisariam concordar com os critérios de como ele deve ser expandido e com os princípios orientadores. De fato, todos os membros ainda não estão de acordo com a ideia de expansão.

Uma "parte substancial" das discussões tem se concentrado em impulsionar o comércio entre eles em moedas locais, disse Kwatra.

(Reportagem de Krishn Kaushik)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa fecha com alta discreta apoiado por Itaú e Bradesco em dia com vencimento de opções
Dólar fecha estável após leilões do BC, mas sobe 2,18% na semana
Congresso aprova Orçamento de 2026 com R$61 bi de emendas e superávit de R$34,5 bi
Brasil espera que acordo Mercosul-UE seja assinado o mais rápido possível, diz Alckmin
PF conclui que Bolsonaro precisa de cirurgia de hérnia
Taxas dos DIs caem na contramão dos Treasuries em dia de ajustes