Reabertura de crédito pode estabilizar recomendação de empresas brasileiras, diz Fitch

Publicado em 23/08/2023 14:44

Por Patricia Vilas Boas

SÃO PAULO (Reuters) - As recomendações negativas para empresas brasileiras devem desacelerar no segundo semestre deste ano, diante da expectativa de avanço da oferta de crédito e melhora gradual na atividade econômica, disse a agência de classificação de risco Fitch Ratings nesta quarta-feira.

A agência já rebaixou a classificação de 25 empresas até agora este ano, superior ao acumulado nos anos de 2021 e 2022.

No entanto, a Fitch acredita que há fatores-chave entrando em jogo que devem aliviar as pressões sobre as recomendações das empresas brasileiras e possibilitar um "maior equilíbrio entre rebaixamentos e elevações".

Entre esses fatores destacam-se a previsão de um contínuo avanço na disponibilidade de crédito e uma melhora gradual na atividade econômica, de acordo com a agência.

A Fitch observa que, embora o ambiente de negócios ainda seja fraco, ele tem mostrado melhorias graduais.

"O progresso na reforma fiscal, o início do ciclo de redução dos juros e a acentuada queda da inflação podem propiciar melhores condições de negócios nos próximos trimestres", disse a Fitch.

"Esses fatores tendem a favorecer a demanda e permitir gradual recomposição das margens e da alavancagem, principalmente em 2024", acrescentou.

A agência ainda ressalta que o volume de títulos de dívida de empresas brasileiras com vencimento até o final de 2024 é reduzido e concentrado em empresas com forte classificação de crédito, como "AAA(bra)" ou "AA(bra)".

Para a Fitch, as maiores preocupações permanecem voltadas para companhias classificadas em categorias "A(bra)" ou abaixo, devido ao "maior desafio para administrar os vencimentos de dívida, especialmente aquelas com exposição ao mercado de capitais".

Fonte: Reuters

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