Dólar cai no dia, mas acumula alta de 1,45% na semana com foco no Fed

Publicado em 19/01/2024 17:17 e atualizado em 19/01/2024 17:48

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar à vista fechou a sexta-feira em leve baixa ante o real, mas ainda assim acumulou ganho consistente na semana, em meio ao movimento global de redução das apostas de que o Federal Reserve começará a cortar juros já em março.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9273 reais na venda, em baixa de 0,10%. Na semana, a moeda norte-americana acumulou alta de 1,45%. Em janeiro até agora, a moeda acumula elevação de 1,56%.

Na B3, às 17:20 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,03%, a 4,9355 reais.

A divisa dos EUA novamente oscilou em margens estreitas nesta sexta-feira, sob influência do cenário externo. No início do dia, quando os rendimentos dos Treasuries chegaram a operar no território negativo, o dólar demonstrava fraqueza ante várias divisas, incluindo o real.

Às 10h21, a moeda norte-americana à vista marcou a cotação mínima de 4,9030 reais (-0,59%).

No fim da manhã, porém, o rendimento do Treasury de dez anos -- referência global de investimentos -- escalou patamares mais elevados, com investidores ainda repercutindo falas de autoridades e dados econômicos recentes que indicam possibilidade maior de o Fed não cortar juros em março.

A alta dos rendimentos dos títulos norte-americanos deu força ao dólar, que no Brasil marcou a máxima de 4,9402 reais (+0,16%) no segmento à vista às 12h06.

Ao longo da tarde, no entanto, o dólar voltou a oscilar perto da estabilidade, em leve baixa na maior parte do tempo, em sintonia com o exterior, onde a moeda cedia ante uma cesta de divisas fortes e em relação a boa parte das moedas de exportadores de commodities.

Às 17:20 (de Brasília), o índice do dólar --que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- caía 0,08%, a 103,280.

No Brasil, as atenções seguiam voltadas para as negociações em Brasília em torno da medida provisória de reoneração da folha de pagamentos das empresas.

Pela manhã, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que há acordo com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para revogar a MP, mas a informação não foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Também pela manhã, o Banco Central informou que seu Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) teve variação positiva de 0,01% em novembro, na comparação com o mês anterior, segundo dado dessazonalizado. O resultado do mês ficou bem abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,10%, mas interrompe três meses seguidos em território negativo.

O BC vendeu na sessão desta sexta-feira todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de março.

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Indonésia prevê a assinatura de um acordo tarifário com os EUA em janeiro e afirma que todas as questões foram resolvidas
Wall St tem pouca movimentação com alta de rendimentos de títulos após dados do PIB
Produção manufatureira dos EUA fica inalterada em novembro
Ibovespa tem alta firme após IPCA-15 abaixo do esperado
BC e Moraes dizem que discutiram Lei Magnitsky, não mencionam Banco Master
Crescimento econômico dos EUA acelera no 3º trimestre