Bolsas em NY sobem em dia de oscilação com previsões negativas sobre economia

Publicado em 13/11/2008 19:50

As Bolsas americanas oscilam nesta quinta-feira. Os negócios abriram em alta de mais de 1%, passando para o vermelho ainda na primeira meia hora de operações; no meio do dia chegaram a cair perto de 3%; e passaram ao azul de novo enquanto a sessão caminha para o fim.

Os dados negativos sobre o mercado de trabalho anunciados hoje, as previsões negativas da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) e o crescimento de 10% no lucro da rede varejista Wal-Mart confundem os investidores, levando às variações desordenadas de hoje.

Às 17h32 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em alta de 1,35%, indo para 8.394,40 pontos no índice Dow Jones Industrial Average, enquanto o S&P 500 subia 1,99%, indo para 869,23 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em alta de 0,92%, indo para 1.512,95 pontos.

O lucro do Wal-Mart no trimestre encerrado em outubro foi de US$ 3,14 bilhões (US$ 0,80 por ação), contra US$ 2,86 bilhões (US$ 0,70 por ação) no mesmo período um ano antes. O resultado superou as expectativas dos analistas, que previam um ganho por ação de US$ 0,76.

Mesmo assim, a empresa reduziu suas expectativas de ganhos para este ano: nos 12 meses até 31 de janeiro de 2009, a expectativa de ganhos por ação da empresa em suas operações contínuas passou para US$ 3,42 a $3.46, contra a previsão de agosto, de US$ 3,43 a US$ 3,50. A desaceleração global da economia e o câmbio desfavorável foram os fatores que levaram às expectativas mais modestas, segundo a empresa.

A fabricante de microchips Intel informou ontem que vai cortar mais de US$ 1 bilhão de suas expectativas de vendas para este ano. O anúncio foi visto como mais um sinal de que tanto empresas como consumidores pretendem reduzir seus gastos em meio à crise.

Crise essa que produziu outro dado desanimador hoje: o Departamento do Trabalho informou que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos cresceu em 32 mil, totalizando 516 mil solicitações iniciais do benefício.

No mês passado, a economia americana eliminou 240 mil postos de trabalho, marcando o décimo mês consecutivo de fechamento de vagas no país. A taxa de desemprego, por sua vez, subiu para 6,5% no mês passado, contra 6,1% em setembro. Trata-se da pior taxa desde fevereiro de 1994, quando ficou em 6,6% --em março daquele ano, a taxa também ficou em 6,5%.

O PIB (Produto Interno Bruto) americano teve contração de 0,3% e as previsões para o quarto trimestre são de uma nova queda. Uma recessão se caracteriza por dois trimestres consecutivos de retração. A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) calcula que os Estados Unidos terão uma contração de 0,9% no PIB no próximo ano, segundo projeções divulgadas hoje.

O déficit comercial americano diminuiu em 4,4%, mas não bastou para animar os investidores. A redução se deveu mais a uma redução tanto em volume de petróleo importado como no preço pago por barril que a um crescimento efetivo das exportações --essas, na verdade, encolheram 6%, ficando em US$ 155,4 bilhões.



Fonte: Folha Online

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Folha Online

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