Bolsas da Ásia ficam indefinidas com crise de montadoras dos EUA

Publicado em 19/11/2008 11:02

As principais Bolsas da Ásia fecharam com resultados variados em meio à preocupação com uma crise entre as maiores fabricantes de automóveis dos Estados Unidos --GM, Ford e Chrysler-- e às altas no mercado americano ontem.

Com forte queda de empresas exportadoras e do setor bancário, a Bolsa de Valores de Tóquio (Japão) fechou com queda de 0,66%. Na Austrália as perdas foram de 0,85%; a Coréia do Sul retraiu 1,87%; Hong Kong recuou 0,77%.

"Há muita preocupação com a queda das três grandes fabricantes de carros nos EUA e isso afasta os investidores das compras [de ações]", afirmou Katsuhiko Kodama, da Toyo Securities em Tóquio. "Qualquer falência das fabricantes derrubaria as Bolsas, o que atingiria outras montadoras, causando um corte generalizado de empregos e a piora da crise."

A Bolsa da China subiu 6,05%, puxada pelas altas dos papéis das fabricantes locais de automóveis. Para analistas, especuladores vêem o crescimento das empresas chinesas no mercado mundial com a crise nas companhias americanas.

Nos Estados Unidos, o Dow Jones Industrial, o mais importante do mercado americano, fechou com alta de 1,83%, antes de começar o debate no Comitê de Bancos do Congresso dos Estados Unidos sobre o futuro da indústria automobilística americana. O mercado Nasdaq avançou 0,08%, enquanto o indicador seletivo S&P 500 subiu 0,98%.

Crise automotiva

Os presidentes executivos da General Motors, Ford e Chrysler pediram aos parlamentares americanos ontem a duplicação da ajuda concedida ao setor automobilístico, depois da liberação de uma verba de US$ 25 bilhões em setembro.

As companhias pediram mais US$ 25 bilhões para enfrentar a crise. O objetivo é manter a viabilidade do setor nos Estados Unidos, onde a turbulência financeira derrubou a venda de carros e ameaça as sobrevivência das companhias.

De acordo com um estudo da Ford apresentado nesta terça-feira (18) pelo "Wall Street Journal", um eventual desaparecimento da empresa provocaria a supressão de pelo menos 75 mil empregos diretos e indiretos em 25 Estados do país.

Apoiado pelos democratas, o projeto de ajuda ao setor automobilístico enfrenta a oposição dos parlamentares republicanos.

"O modo de funcionamento da GM é baseado em um modelo errôneo, a empresa tem uma péssima direção e nenhum esquema de inovação. Agora eles querem mais US$ 25 bilhões, além dos US$ 25 bilhões já liberados. Onde vamos parar?", questionou ontem o senador republicano do Alabama Richard Shelby.

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Fonte:
Folha On Line

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