Ministra diz que o pior da crise financeira já passou

Publicado em 21/11/2008 18:48

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) disse nesta sexta-feira que o pior da crise já passou, e que a turbulência na economia mundial está em nova fase, marcada pela recessão de países desenvolvidos, como Estados Unidos, membros da União Européia e Japão. As conseqüências, daqui para frente, serão em função desse quadro ruim, já que, na opinião da ministra, os governos internacionais agiram para garantir a liquidez, intervindo em algumas instituições.

"A pior fase passou, porque não vemos bancos falindo como se via no momento anterior. É fato que os principais bancos de investimento do mundo desapareceram", afirmou a ministra, após participar da cerimônia de entrega do prêmio "O Equilibrista", no qual a diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, foi escolhida a executiva do ano pelo Ibef (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças).

Discursando frente a uma numerosa platéia de empresários e executivos, Dilma Roussef destacou o posicionamento do governo brasileiro em relação à crise, na qual, segundo ela, foram tomadas medidas tempestivas. A ministra enumerou um conjunto de ações que o governo tomou após a crise, de forma acertada, segundo ela.

"Acredito que o governo tomou não só as medidas corretas, mas do nosso ponto de vista, tomamos na hora certa. Não ficamos esperando as coisas acontecerem para tomar as medidas", observou.

A ministra defendeu o papel ativo que, segundo ela, o governo vem apresentando diante da crise, no sentido de ajudar o setor privado. Para Rousseff, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) já funciona como política anti-cíclica, e que o mesmo acontecerá com o pré-sal.

Rousseff ressaltou que o Brasil, a exemplo de países emergentes como China e Índia, tem uma situação diferenciada frente à crise. Ela admitiu que houve problemas de crédito no mercado brasileiro, assim como perda de ativos na Bolsa de Valores. Em relação à variação cambial, a ministra lembrou que as empresas que apostaram em operações com derivativos tiveram uma parcela de culpa.

"Houve também uma forte flutuação cambial, que não decorre só da crise, mas também de certas posições que empresas brasileiras assumiram em relação a derivativos".


Fonte: Folha Online


Fonte: Folha Online

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