Dólar fecha a R$ 2,40 com ausência de BC; Bovespa valoriza 2,49%

Publicado em 02/12/2008 19:15

A moeda americana foi vendida por R$ 2,409, alta de 3,83%, nas últimas operações registradas nesta terça-feira, marcada pela recuperação moderada das Bolsas de Valores e pela ausência do Banco Central. Desde ontem, a autoridade monetária não realiza seu habitual leilão de "swap" cambial. Nesses leilões, o BC oferece contratos em que assume o risco da oscilação do câmbio.

Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado a R$ 2,550 (valor de venda), o que representa um incremento de 2,40% sobre a taxa de ontem.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) avança 2,49% e bate os 35.606 pontos (pelo índice Ibovespa). O giro financeiro é de R$ 5,40 bilhões, inflado pelo leilão para compra das ações dos minoritários da Petroquímica União. Nos EUA, a Bolsa de Nova York dispara 2,93%.

O BC anunciou para amanhã um leilão de dólares para os bancos, com o compromisso de que repassem os recursos para novas operações de exportação. O leilão, de US$ 2 bilhões, está previsto para as 11h30.

Há semanas, alguns operadores comentavam que o BC deveria se abster dos leilões de "swap" cambial e optar por liberar moeda no mercado à vista. Como os leilões de "swap" cambial, na prática, funcionam como operações no mercado futuro, muitos analistas temiam que essas intervenções estimulassem indiretamente uma especulação "exagerada" na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) com os contratos de dólar.

Profissionais de corretoras de câmbio também observaram que os investidores não-residentes já começam a diminuir suas "apostas" na valorização do dólar, a que foi atribuído a oscilação brusca dos preços nas últimas semanas.

"O BC está agindo corretamente mesmo: mostra que está confortável com esse nível de volatilidade dos últimos dias e evita gastar dinheiro com a especulação, poupando recursos para os momentos realmente críticos. Também tem fornecido linhas para ajudar os exportadores, o que é certo", avalia João Gomes, gerente de câmbio da corretora Agente. Ele nota que os bancos devem continuar bastante restritivos quanto à concessão de crédito para comércio exterior. "É normal nos bancos segurar o crédito nesse restante do ano", acrescenta.

Juros futuros

O mercado futuro de juros, que referencia as tesourarias de bancos, ajustou para baixo as taxas projetadas para 2010 e 2011.

No contrato com vencimento em janeiro de 2009, a taxa projetada subiu de 13,56% ao ano para 13,57%; no vencimento de janeiro de 2010, a taxa projetada cedeu de 14,12% para 13,93%; no contrato com o vencimento de janeiro de 2011, a taxa prevista recuou de 14,70% para 14,28%.

Hoje, o o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a produção industrial do país teve queda de 1,7% em outubro, surpreendo os economistas que previam uma variação de 0,1%. Trata-se do pior declínio num mês desde novembro de 2007. Para analistas, o resultado pior do que o esperado reforçou a corrente do mercado que aposta num possível corte dos juros na reunião do próximo dia 10 do Copom (Comitê de Política Monetária).



Fonte: Folha Online

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Folha Online

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