Bovespa fecha em queda de 0,83% com venda de ações valorizadas

Publicado em 09/12/2008 21:30

Após a forte alta (8,31%) de ontem, os investidores não resistiram à piora do cenário internacional e optaram pela tradicional realização de lucros, quando se vendem ações muito valorizadas no curto prazo. Em um pregão volátil, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerrou o dia com perdas moderadas, enquanto o dólar bateu R$ 2,47, após uma leilão maciço do Banco Central.

O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, cedeu 0,83% no fechamento, aos 37.968 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,30 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York, que ainda opera, retrai 3%.

A ação preferencial da Petrobras, que movimentou R$ 700 milhões, recuou 0,49%, enquanto a ação da Vale, outro papel bastante influente, registrou leve alta de 0,04%.

O dólar comercial foi comercializado a R$ 2,471 na venda, o que representa um decréscimo de 1,19% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 497 pontos, número 3,54% acima da pontuação anterior.

Entre as principais notícias do dia, o governo brasileiro divulgou uma projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) no terceiro trimestre acima do esperado: o incremento foi de 1,8% sobre o trimestre anterior e de 6,8% na comparação com idêntico período de 2007. Economistas do setor financeiro contavam com um avanço em torno de 6%.

O Banco do Canadá (o banco central local) promoveu um corte em sua taxa básica de juros, para 1,5% ao ano, além de anunciar que o país entrou em recessão. A atual taxa de juros canadense é a menor desde 1958.

A OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos) divulgou relatório em que projeta um agravamento da crise nos EUA em 2009. Segundo a organização, a economia da primeira potência mundial "provavelmente vai enfraquecer antes de melhorar no fim de 2009".

Copom

O mercado de ações operou sob expectativa da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que anuncia amanhã, após o fechamento da Bolsa, a nova taxa básica de juros do país. A maioria dos economistas de bancos e corretoras estima que a taxa será mantida em 13,75% ao ano.

"Em que pese a manutenção das preocupações com a inflação derivadas da trajetória da taxa de câmbio, parece que o comportamento da demanda doméstica deverá deixar de ser um fator de risco importante para a inflação futura", comenta o economista da corretora Concórdia, Elson Teles, procurando sintetizar o provável balanço de riscos feito pelo Comitê.

Empresas

A ação ordinária da fabricante de computadores Positivo Informática disparou 46,10%, sendo negociada R$ 9 no pregão de hoje. O papel teve um giro financeiro de R$ 80,2 milhões, ante uma média de R$ 1,7 milhão nos últimos 21 dias úteis. No pico do dia, a ação chegou a ser cotada a R$ 13,90, o que representa um incremento de praticamente 100%.

"O mercado parece ter a expectativa de que a empresa vai ter adquirida. Efetivamente, os rumores foram muito fortes hoje, mas sem nenhuma confirmação oficial", comenta Alan Cardoso, analista da Ágora Corretora. "Estrategicamente, faz todo o sentido para empresas como HP e Dell, já que a Positivo é uma empresa bem capitalizada e com uma assistência técnica bem distribuída por todo o país, acrescenta.

Quando uma empresa está em vias de ser comprada, ou surgem rumores a respeito, costuma haver uma grande procura por suas ações devido à instituição do "tag-along", o dispositivo que estende aos acionistas minoritários o direito de vender as ações pelo mesmo preço pago aos antigos controladores.


Fonte: Folha Online

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Fonte:
Folha Online

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