Ruído fiscal e monetário colaborou para pausa em cortes da Selic, diz Campos Neto

Publicado em 02/07/2024 11:07

BRASÍLIA (Reuters) - O aumento de ruídos relacionados às expectativas para as políticas fiscal e monetária colaborou para a decisão do Banco Central de pausar o ciclo de cortes da taxa básica de juros, apontou nesta terça-feira o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Em reunião de junho, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC decidiu manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, interrompendo o ciclo de cortes de juros.

Falando em fórum promovido pelo Banco Central Europeu (ECB) em Sintra, Portugal, Campos Neto afirmou que os ruídos foram levados em conta, além de avaliações sobre a expectativa de inflação e os preços de alimentos.

Campos Neto disse ainda que se observou um movimento de “sell-off” nas últimas semanas em países emergentes, apesar da melhora na curva de juros nos EUA, avaliando que a correlação entre as taxas norte-americanas e as do Brasil pode ter sido quebrada.

(Por Bernardo Caram)

Fonte: Reuters

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Ibovespa tem semana de recuperação e volta a flertar com 161 mil pontos
Wall Street cai; temores de bolha de IA e inflação afastam investidores
Governo dos EUA retira Moraes e esposa de lista de sancionados pela Magnitsky
Dólar termina sessão estável ante o real e acumula baixa de 0,40% na semana
Taxas dos DIs cedem em dia de maior acomodação no cenário político e dados de serviços
Alckmin critica nível dos juros no país e diz que já há condição para Selic cair