Agricultores franceses farão protestos contra acordo UE-Mercosul na próxima semana
PARIS (Reuters) - Agricultores franceses estão planejando protestos a partir de segunda-feira para se opor ao acordo de livre comércio entre a União Europeia e o Mercosul, dizendo que o aumento das importações da América do Sul prejudicará a agricultura da UE, disse o chefe do maior lobby agrícola da França, o FNSEA, nesta quarta-feira.
Isso ocorre no momento em que os agricultores da Bélgica convocaram manifestações perto da sede da UE em Bruxelas nesta quarta-feira.
"Esse acordo comercial, que liga parte dos estados sul-americanos à Europa, corre o risco de ter consequências dramáticas para a agricultura", disse Arnaud Rousseau, da FNSEA, à rádio France Inter.
"Portanto, estaremos em todas as regiões a partir de segunda-feira, por alguns dias, para fazer com que a voz da França seja ouvida no momento do G20 no Brasil, e esperamos que todos os países europeus se juntem a nós, porque o assunto não é um país, um assunto francês, é um assunto europeu", acrescentou.
No entanto, os agricultores franceses não pretendem bloquear estradas e rodovias, como fizeram no ano passado, quando a raiva contra a concorrência de importações mais baratas, inclusive da Ucrânia, aliada da UE, e uma carga regulatória levaram a protestos em grande escala em todo o bloco europeu.
"Não estamos aqui para incomodar o povo francês, estamos aqui para dizer a eles que temos orgulho de alimentá-los e que continuamos a produzir na França", acrescentou.
A ministra de Agricultura do país, Annie Genevard, chamou o acordo de livre comércio planejado entre os países sul-americanos e a UE de "um mau acordo", no domingo, pois permitiria a entrada no país de "99.000 toneladas de carne bovina, 180.000 toneladas de açúcar e quantidades semelhantes de carne de aves" e criaria uma concorrência prejudicial para os produtores locais.
As colheitas prejudicadas pelo clima e os surtos de doenças nos rebanhos, juntamente com o impasse político após uma eleição antecipada no início do verão, aumentaram as queixas dos agricultores franceses.
(Reportagem de Sybille de La Hamaide)
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Henrique Afonso Schmitt blumenau - SC
Os europeus acham que ainda somos suas colônias. Uma boa idéia é deixa-los de lado até que cheguem à conclusão de que fazem parte da humanidade normal.
A França há pouco mais de 200 anos era um Império. Napoleão Bonaparte ajudou o Brasil invadindo Portugal, mas antes da invasão D. João VI, fugiu para o Brasil com toda suas altezas. A cidade do Rio de Janeiro na época, os representantes do monarca, faziam uma marca no umbral da porta, significando que aquele local deveria ser desocupado pois, algum nobre vindo de Portugal iria usá-lo. E assim o reinado se instalou em terras tupiniquins. Agora não temos mais "napoleões, nem reis". Temos uma realidade natural onde países com climas tropicais, as bactérias de vida livre do solo, criam um ambiente favorável para o desenvolvimento de plantas nativas e cultivadas. Quanto a "França", lá o clima é temperado e o ambiente criado é realizado por fungos. Então "senhores", não adianta. Essa diferença dos microrganismos do solo, não tem "napoleão" que dê jeito. Nós vamos SEMPRE ser mais eficientes do que eles, pois os "bichinhos daqui não são iguais aos bichinhos de lá". Isso é um "trabalho de bilhões de anos da natureza". FELIZMENTE isso é o que nos cabe! Veja o "causo" do açúcar da beterraba, produzido nos países europeus e que os produtores recebiam "polpudos subsídios". Há questão de uma década ou mais, os governos europeus resolveram acabar com o subsídio para os produtores, foi uma gritaria geral, mas o subsídio caiu. O volume de açúcar de beterraba era algo em torno de 5 MILHÕES DE TON/ANO. Esse volume foi rapidamente substituído por açúcar produzido pela matéria prima cana-de-açúcar e, o maior percentual coube ao aumento da oferta pelo Brasil. Enfim, sempre vamos estar sob pressão daqueles que por um motivo ou outro, são menos eficientes que o produtor brasileiro.