Copom se reúne hoje pela 1ª vez no ano

Publicado em 20/01/2009 15:33

Já é fato que uma crise de confiança se abateu na economia doméstica, refletindo em vários setores. Mas a falta de otimismo dos brasileiros com relação ao futuro se apóia no pior efeito que uma crise mundial pode provocar: a falta de emprego. É em meio a esse clima de tensão que o Comitê de Política Monetária (Copom) inicia hoje sua primeira reunião de 2009.

Até ontem, embora o mercado desejasse um corte entre 0,75 e 1 ponto percentual, a aposta majoritária entre os analistas era de uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic), fixada desde setembro do ano passado em 13,75% ao ano. No entanto, a expectativa de um afrouxamento maior nos juros ganhou força depois do Ministério do Trabalho informar, ontem, que em dezembro foram fechadas 654.946 vagas - o pior esultado desde 1999. Ao todo, em 2008 foram gerados 1,4 milhão de empregos, o que representa uma queda de 10,2% em relação a 2007.

Para o analista macroeconômico da Lopes Filho & Associados - Consultores de Investimentos, Julio Hegedus Netto, a repercussão da queda na geração de empregos ampliou a necessidade de reduzir os juros. "A deflação recente nos Índices Gerais de Preço (IGPs), a forte desaceleração da indústria e a perda de empregos formais em dezembro acabaram reforçando a aposta de um corte maior", disse.

Já o economista-chefe da Ativa Corretora, Arthur Carvalho, acredita que esta será mais uma decisão complicada e envolvida por muita polêmica. "As mudanças de cenários tão drásticas nos últimos meses têm deixado a maioria dos analistas econômicos surpresos. Esta volatilidade acaba por gerar muita incerteza sobre a trajetória de médio prazo das variáveis, dificultando a decisão da autoridade monetária", avalia.

Segundo Carvalho, apesar de boa parte dos agentes do mercado esperar um corte maior nos juros, o Banco Central (BC) pode manter sua tendência cautelosa. "Entendemos que essa diretoria do BC tem sido mais conservadora, principalmente quando estamos falando de corte de juros".

Vanessa Stecanella

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Fonte:
InvestNews

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