Ibovespa fecha acima de 139 mil pontos puxado por Vale e com BRF em destaque
Por Paula Arend Laier
SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa fechou em alta nesta sessão, acima dos 139 mil pontos, em movimento puxado pela Vale e com BRF em destaque antes da divulgação do balanço ainda nesta quinta-feira, enquanto Eletrobras pressionou negativamente após divulgar seu resultado do primeiro trimestre.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,66%, a 139.334,38 pontos, tendo marcado 139.408,29 pontos na máxima e 138.320,61 pontos na mínima do dia. O volume financeiro somou R$25,2 bilhões.
Novos ruídos envolvendo medidas fiscais também ocuparam as atenções no começo da tarde, chegando enfraquecer o Ibovespa, mas o movimento perdeu força com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmando que as medidas em preparação pelo governo são pontuais para assegurar o cumprimento da meta fiscal.
Em Wall Street, os pregões fecharam sem uma direção única, com o S&P 500 em alta de 0,41% e o Dow Jones avançando 0,65%, enquanto o Nasdaq cedeu 0,18%.
Análise técnica da Genial Investimento afirma que o Ibovespa continua com tendência de alta em curto, médio e longo prazos, conforme comentário a clientes nesta quinta-feira.
"O Ibovespa continua operando acima de 136.150 pontos onde validou um pivot de alta... sendo que os próximos objetivos passam a ser as projeções de 61,8% e 100% de Fibonacci que ficam respectivamente em 144.345 e 149.410 pontos. Já os próximos suportes ficam em 132.870, 122.890 e 122.660 pontos", afirmou.
DESTAQUES
- VALE ON avançou 1%, endossada pelo avanço dos futuros do minério de ferro na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou as negociações do dia com alta de 1,17%, a 736,5 iuanes (US$102,13) a tonelada.
- BRF ON subiu 4,78%, tendo no radar o balanço do primeiro trimestre, após o fechamento do mercado. Projeções compiladas pela LSEG apontam Ebitda de R$2,6 bilhões. MARFRIG ON, que controla a BRF e também reporta resultado nesta quinta-feira, valorizou-se 4,34%.
- ELETROBRAS ON caiu 3,22%, após prejuízo líquido de R$354 milhões no primeiro trimestre, revertendo o lucro de R$331 milhões apurado no mesmo período em 2024, com queda no resultado operacional por menor receita de transmissão e maiores custos com energia comprada para revenda.
- BANCO DO BRASIL ON recuou 1,21% antes da divulgação do resultado do primeiro trimestre, após o encerramento dos negócios na bolsa nesta quinta-feira. Estimativas compiladas pela LSEG apontam lucro líquido de R$9,2 bilhões para os primeiros três meses do ano.
- ITAÚ UNIBANCO PN fechou em alta de 1,34%, em dia com desempenho positivo dos bancos privados do Ibovespa. BRADESCO PN avançou 0,99%, SANTANDER BRASIL ON encerrou com acréscimo de 0,07% e BTG PACTUAL UNIT terminou o dia com ganho de 0,27%.
- LOJAS RENNER ON valorizou-se 3,51%, tendo como pano de fundo relatório do UBS BB reiterando recomendação de compra para as ações da varejista de moda e elevando previsões para os lucros líquidos ajustados em 2025 e 2026, bem como o preço-alvo dos papéis de R$14,50 para R$21.
- PETROBRAS PN encerrou com variação negativa de 0,13%, em meio ao declínio do petróleo no exterior, onde o barril de Brent caiu 2,36%, a US$64,53. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) indicou uma greve de advertência nos dias 29 e 30 de maio nas unidades da Petrobras.
- EQUATORIAL ON cedeu 0,51%, após balanço do primeiro trimestre mostrar um resultado operacional medido pelo Ebitda ajustado de R$2,9 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 14,5% frente ao mesmo intervalo de 2024, mas queda de 16,4% no lucro líquido ajustado.
- GOL PN, que não está no Ibovespa, subiu 2,15%, após o balanço dos primeiros três meses do ano, com lucro líquido de R$1,38 bilhão.
- AMERICANAS ON, que não faz parte do Ibovespa, recuou 8,19%, após balanço do primeiro trimestre com prejuízo líquido de quase meio bilhão de reais, revertendo lucro de R$453 milhões um ano antes.
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