BCE pode estar chegando ao fim dos cortes nos juros, mas guerra comercial é um risco, diz Kazaks
PARIS/FRANKFURT (Reuters) - Os cortes das taxas de juros pelo Banco Central Europeu podem estar perto do fim, mas a incerteza é alta e o ambiente é propenso a mudanças repentinas que também podem alterar a perspectiva da política monetária, disse o membro do BCE Martins Kazaks nesta sexta-feira.
O BCE vem cortando as taxas de juros rapidamente ao longo do último ano e o debate sobre onde encerrar o ciclo de afrouxamento está começando a ganhar destaque, já que a previsão base do BCE aponta inflação em torno do nível de 2%.
"Estamos, de modo geral, dentro do cenário base", disse Kazaks à CNBC.
"E se o cenário base se mantiver, acho que já estamos relativamente próximos da taxa terminal", disse ele. "Mais alguns cortes podem ser (possíveis), mas o importante é ver onde as discussões sobre comércio e a história do comércio nos levam, e então, é claro, agiremos", disse ele.
Isabel Schnabel, membro da diretoria do BCE, já defendeu a estabilidade das taxas, enquanto o membro francês François Villeroy de Galhau disse que vê espaço para mais afrouxamento.
Os mercados agora veem uma chance de cerca de 90% de um corte nos juros pelo BCE em 5 de junho, mas depois preveem apenas mais um afrouxamento durante o resto do ano, sugerindo que a taxa de depósito do BCE poderia chegar a 1,75%.
Uma escalada na guerra comercial global é um risco importante, mas Villeroy disse que o BCE não usará as taxas de juros para influenciar o valor do euro, transformando uma guerra comercial em uma guerra cambial.
"Infelizmente, existe o risco de uma guerra comercial, mas uma guerra cambial seria uma situação em que cada país estaria usando ativamente suas taxas de juros para tentar obter uma vantagem econômica. Não estamos nesse ponto no momento", disse Villeroy, que também dirige o Banco da França, a jornais regionais franceses em uma entrevista publicada nesta sexta-feira.
"Os atuais movimentos da moeda são mais um reflexo das revisões das previsões econômicas", acrescentou Villeroy.
(Reportagem de Sudip Kar-Gupta e Balazs Koranyi)
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