Ações dos EUA caem com últimos anúncios de tarifas e dados de empregos fracos dos EUA

Publicado em 01/08/2025 18:12

Por Chuck Mikolajczak

NOVA YORK (Reuters) - As ações dos Estados Unidos caíram nesta sexta-feira, com o índice S&P 500 a caminho de sua maior queda percentual diária em mais de três meses, conforme novas tarifas norte-americanas sobre dezenas de parceiros comerciais e um relatório de empregos surpreendentemente fraco estimularam a pressão de venda.

O Dow Jones caiu 1,23%, para 43.588,58 pontos. O S&P 500 perdeu 1,60%, para 6.238,01 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 2,24%, para 20.650,13 pontos.

Na semana, o S&P 500 caiu 2,36%, o Nasdaq perdeu 2,17% e o Dow Jones recuou 2,92%.

Também pesou sobre as ações a queda de 8,3% dos papéis da Amazon.com, depois que a empresa divulgou resultados trimestrais, mas não conseguiu atender às altas expectativas para a Amazon Web Services, sua unidade de computação em nuvem.

Poucas horas antes do prazo final das tarifas nesta sexta-feira, o presidente norte-americano, Donald Trump, assinou um decreto impondo tarifas sobre as importações dos EUA de países como Canadá, Brasil, Índia e Taiwan, em sua mais recente rodada de imposições, conforme os países tentaram buscar maneiras de chegar a melhores acordos.

Abalando ainda mais a confiança no quadro econômico, dados mostraram que o crescimento do emprego nos EUA desacelerou mais do que o esperado em julho, enquanto o relatório do mês anterior foi revisado para baixo, indicando que o mercado de trabalho pode estar começando a rachar.

O relatório aumentou significativamente as expectativas de que o Federal Reserve cortará a taxa de juros em sua reunião de setembro.

"No ano passado, o Fed cometeu um erro ao não fazer cortes em julho e, por isso, fez um corte de recuperação na reunião seguinte. É provável que tenham que fazer a mesma coisa este ano", disse Brian Jacobsen, economista-chefe da Annex Wealth Management.

As expectativas do mercado de que o Fed reduzirá os juros em pelo menos 25 pontos-base em sua reunião de setembro ficaram em 86,5%, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME, acima dos 37,7% da sessão anterior.

Fonte: Reuters

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