Wall St sobe com comentários de Trump sobre tarifas da China; preocupações com os bancos regionais pesam
Por Sukriti Gupta e Twesha Dikshit
(Reuters) - Os principais índices de Wall Street subiam nesta sexta-feira depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou sua reunião com o líder chinês em duas semanas, enquanto as preocupações com os riscos de crédito em bancos regionais mantinham os investidores nervosos.
As ações de bancos enfrentaram pressão de venda mais cedo no dia, ampliando as quedas da sessão anterior, quando o Zions Bancorporation divulgou perdas ligadas a dois empréstimos comerciais e industriais e a Western Alliance revelou que havia iniciado um processo alegando fraude pelo Cantor Group V, LLC.
A liquidação reacendeu as preocupações sobre os padrões frouxos de empréstimos em um setor que já enfrenta duas falências no setor de automóveis, mais de dois anos após o colapso do Silicon Valley Bank.
A maioria das ações de bancos regionais, entretanto, estabilizava-se na sexta-feira. O índice de bancos regionais KBW subia 1,2%, recuperando-se da queda de 6,3% registrada na quinta-feira, a maior desde o início de abril.
O índice financeiro do S&P tinha alta de 0,6%.
"Eles estavam possivelmente sobrevendidos ontem e agora estamos recebendo balanços positivos desses bancos regionais que confirmam o crescimento dos lucros que vimos nos bancos globais maiores. Acho que isso está ajudando a aumentar o otimismo dos investidores", disse Sam Stovall, estrategista-chefe de investimentos da CFRA Research.
As ações da Truist Financial ganhavam 3,6% depois que o banco divulgou um lucro maior no terceiro trimestre. O Fifth Third Bancorp subia 3%.
As ações do Zions tinham alta de 6,4%, enquanto a Western Alliance avançou 4%.
O Dow Jones Industrial Average subia 0,51%, para 46.185,39 pontos. O S&P 500 ganhava 0,37%, a 6.653,67 pontos, enquanto o Nasdaq Composite tinha alta de 0,36%, para 22.642,67 pontos.
Na frente da guerra comercial, Trump disse que sua proposta de tarifa de 100% sobre os produtos da China não seria sustentável e que ele se encontrará com o presidente da China, Xi Jinping, na Coreia do Sul.
(Reportagem de Sukriti Gupta, Medha Singh e Twesha Dikshit em Bengaluru)