Bovespa fecha em alta de 1,05% e renova recorde de 2009
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) renovou seu preço recorde neste ano, num dia em que o mercado deixou de lado o nervosismo com os "ratings" (nota de risco de crédito) de Grécia e Espanha. O crescimento da economia brasileira ficou abaixo do previsto e frustrou investidores. A taxa de câmbio doméstica cravou R$ 1,76. Neste ano, a Bovespa já acumula ganho de 83%.
O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, subiu 1,05% no fechamento, aos 68.728 pontos. Trata-se da maior pontuação desde 9 de junho de 2008. O giro financeiro foi de R$ 7 bilhões. Ainda operando, a Bolsa de Nova York avança 0,55%.
O dólar comercial foi vendido por R$ 1,766, em um declínio de 0,28%. A taxa de risco-país marca 203 pontos, número 2,40% abaixo da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelou que a economia do país cresceu 1,3% no terceiro trimestre contra o segundo neste ano. Economistas do setor financeiro esperavam um aumento em torno de 1,9%. Na comparação com o mesmo período de 2008, o PIB (Produto Interno Bruto) mostra contração de 1,2%.
"O PIB parece ter motivado algumas operações de venda no começo do pregão, mas nesses momentos é que entra o investidor estrangeiro interessado em comprar 'Brasil'", comenta Guilherme Mendes Franco, gerente da mesa de operações da corretora Corval.
André Farath, analista da corretora Interfloat, prefere chamar a atenção para as declarações desta semana de autoridades americanas, postergando o corte de estímulos à economia, o que jogou um "balde de água fria" em uma parcela dos investidores que aposta com mais força na baixa.
"Acho que o Grécia e Espanha foram preocupações pontuais, que ainda não foram totalmente dissipadas", comenta. "O mercado está realmente atento ao 'timing' em que o 'Fed' [banco central dos EUA] vai começar a cortar os estímulos", diz ele.
Nos EUA, o Departamento de Trabalho reportou um aumento na demanda pelos benefícios do auxílio-desemprego na semana passada, totalizando 474 mil pedidos, número bem acima das expectativas do mercado (em torno de 460 mil). O governo informou ainda que a balança comercial do país teve um saldo negativo de US$ 32,9 bilhões, número 7,6% menor na comparação com deficit de setembro.
E na Europa, o governo francês registrou um corte de 93.100 postos de trabalho no terceiro trimestre, ante a perda de 93.500 empregos no segundo trimestre. No Reino Unido, o banco central manteve a taxa básica de juros em 0,5% ao ano, a menor da história do país. E na Itália, a agência de estatísticas Istat confirmou que a economia do país teve crescimento de 0,6% no terceiro trimestre ante o segundo, após cinco trimestres seguidos de contração.
Empresas
O presidente-executivo da chinesa Lenovo, Yuanqing Ying, declarou que a empresa está aberta a comprar concorrentes no Brasil, com o objetivo de aumentar sua participação num mercado que, preveem, deve ser tornar o terceiro maior computadores nos próximos cinco anos. As ações da Positivo Informática, que já esteve na mira da Lenovo, subiram 6,71% no pregão de hoje.
0 comentário
Ibovespa fecha em alta, mas tem maior perda semanal deste setembro com preocupação fiscal
Dólar termina semana com valor recorde de R$6,0012 no fechamento
S&P 500 e Dow Jones fecham em recordes com impulso de ações de tecnologia
Vendas de diesel no Brasil batem recorde em outubro, diz ANP
Europeu STOXX 600 avança com ações de tecnologia
Galípolo diz que BC não defende nível de câmbio e só atua em caso de disfuncionalidade