Petroleira americana anuncia descoberta

Publicado em 18/12/2009 07:53
A petroleira americana Anadarko anunciou ontem uma descoberta de petróleo no pré-sal da Bacia de Campos, em bloco operado pela Devon, também dos Estados Unidos. Em comunicado distribuído ontem, a Anadarko diz que trata-se de um reservatório de boa qualidade, com características semelhantes ao de Jubarte, campo da Petrobras produtor de óleo do pré-sal desde o ano passado. O poço foi batizado provisoriamente de Itaipu.

“Os resultados positivos deste poço em o sucesso em nossas outras atividades no pré-sal na Bacia de Campos, no Brasil, nos dão grandes motivos para estarmos confiantes a respeito das oportunidades na área”, disse, no comunicado, o vice-presidente de exploração internacional da Anadarko, Bob Daniels. A companhia já tem outra descoberta do pré-sal da Bacia de Campos, em um projeto batizado de Wahoo, no bloco exploratório BM-C-30.

O poço Itaipu foi perfurado em um bloco vizinho, BM-C-32, a cerca de 10 quilômetros de Wahoo, e atingiu profundidade superior a 5 mil metros. Pouco mais de 3 quilômetros separam a descoberta do campo de Jubarte, que fica em um complexo petrolífero batizado pela estatal de Parque das Baleias, principal foco de exploração do pré-sal fora da Bacia de Santos.

Jubarte foi o primeiro campo a produzir petróleo do pré-sal no País, com a conexão, em setembro do ano passado, de um poço com vazão de até 18 mil barris por dia à plataforma P-34. No ano que vem, o Parque das Baleias ganhará uma plataforma dedicada ao pré-sal, com capacidade para extrair até 100 mil barris por dia de reservatórios em Jubarte, Cachalote e Baleia Anã.

Além de Anadarko e Devon, o bloco BM-C-32, onde está Itaipu, tem participação da petroleira coreana SK. Os mesmos parceiros dividem a concessão BM-C-30, de Wahoo. As empresas não informam projeções de reservas na região, alegando precisar de novas informações. Segundo a Anadarko, o próximo passo será uma reentrada no poço Wahoo 2 para nova avaliação.

A nova descoberta em campos deve ter implicações positivas no processo de venda de ativos da Devon, anunciado no mês passado - quando a empresa afirmou que venderia todos os ativos internacionais e do Golfo do México para se concentrar na exploração de petróleo e gás em terra nos Estados Unidos. A avaliação é do analista do UBS William Featherston.

Segundo ele, dada a “escassez de áreas no pré-sal disponíveis para arrendamento no Brasil, a notícia de hoje aumenta o valor do programa de venda de ativos da Devon, que inclui suas fatias nos dois blocos brasileiros”. Além das participações nos dois blocos, a empresa é operadora do campo de Polvo, já em operação, também na Bacia de Campos.

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Fonte:
Tribuna do Norte

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