Dólar fecha a R$ 1,76; Bovespa sofre queda de 0,57%
Os preços da moeda americana voltaram a "testar" o teto de R$ 1,77, numa sessão marcada pelo volume de negócios um pouco menor. Profissionais de mercado notam que as taxas devem sofrer alguma pressão de alta por conta de remessas de dividendos para o exterior.
O dólar comercial foi negociado por R$ 1,761 (valor de venda), em um avanço de 0,39%, nas últimas operações desta quinta-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,774 e R$ 1,757. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,880, em alta de 1,62%.
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) opera em queda de 0,57%, aos 69.981 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,45 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,30%.
O Banco Central realizou seu leilão diário de compra às 15h15 (hora de Brasília), aceitando ofertas por R$ 1,7653 (taxa de corte).
O movimento de mercado ficou ainda mais estreito na comparação com o expediente de ontem: o volume contratado na segmento de dólar "pronto" (mercado à vista) da BM&F aponta um valor abaixo de US$ 1 bilhão contra US$ 1,463 bilhão contratado na quarta.
"O fluxo está negativo por esses dias, com mais saídas do que entradas. E o Banco Central continua comprando todo dia, num mercado que está com um giro menor. Nesse caso, qualquer leilão [de compra] já afeta os preços", comenta Marcos Trabold, operador da corretora B&T. "Parece que o BC está agindo mesmo para puxar um pouco as taxas. Para formar reservas não deve ser: já estão num nível muito alto [US$ 241 bilhões]. Por causa de alguma volatilidade? Não é o caso. Quer dizer, somente sobre isso", acrescenta.
Juros futuros
O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro para os bancos, elevou as taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo.
As vendas no comércio no país em novembro cresceram 1,1%, na comparação com outubro, apontou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Economistas do mercado esperavam um aumento de somente 1%.
No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista passou de 9,71% ao ano para 9,74%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada avançou de 10,30% para 10,33%. Esses números ainda são preliminares e podem sofrer ajustes.