Bovespa segue NY e fecha em queda de 1,18%
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) acompanhou o mau humor predominante nas Bolsas americanas e voltou a encerrar o pregão em terreno negativo, abaixo do patamar dos 69 mil pontos. A taxa de câmbio doméstica cravou R$ 1,77.
O Ibovespa, termômetro dos negócios da Bolsa paulista, recuou 1,18% no fechamento, aos 68.978 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,41 bilhões. Ainda operando, a Bolsa de Nova York perde 1,08%.
O profissional da corretora Walpires, Boris Kogan, vê um mercado marcado pelo nervosismo na semana que vem, com a continuidade da temporada de balanços nos EUA. "Há muita incerteza sobre esses resultados e como vai ser recebido. O JP Morgan quadruplicou os lucros, mas nem assim [o balanço] foi bem recebido pelo mercado. E nos EUA, foi principalmente o setor financeiro que puxou a queda de hoje", diz ele. "O problema é que os investidores ainda estão um pouco traumatizados com esse setor", acrescenta.
O dólar comercial foi cotado por R$ 1,772, em um acréscimo de 0,39% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 208 pontos, número 2,97% acima da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, o banco JP Morgan Chase reportou um lucro de US$ 3,3 bilhões (US$ 0,74 por ação) para o quarto trimestre do ano passado, em um aumento de 367,2% sobre o resultado de um ano antes --US$ 702 milhões (US$ 0,06 por ação). Ontem, a fabricante de microprocessadores Intel havia anunciado um lucro de US$ 2,282 bilhões para o último trimestre do ano passado, um crescimento de 875% sobre o resultado no mesmo período de 2008.
Ainda nos EUA, o Federal Reserve (banco central americano) comunicou um aumento de 0,6% da produção industrial em dezembro, em linha com as projeções do mercado. O Departamento do Trabalho divulgou que a inflação de 2009 foi de 2,7%, pela leitura do CPI (preços ao consumidor), ainda mais baixo do que muitos analistas de Wall Street previam.
E a Universidade de Michigan revelou que seu índice de confiança do consumidor (72,8 pontos) apurado em janeiro veio abaixo das expectativas do mercado (74). O número é provisório e deve sofrer revisões ao longo do mês.
No front doméstico, a FGV apontou uma inflação de 0,20% no início deste ano, medida pelo IGP-10. Nos últimos 12 meses o indicador acumula queda de 0,64%.
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