Dólar fecha a R$ 1,77; Bovespa valoriza 0,50%

Publicado em 19/01/2010 16:23

A cautela dos agentes financeiros com a China é citada por agentes financeiros como um dos motivos que podem ter pressionado as taxas de câmbio nesta terça-feira. Operadores também ressaltam que os negócios ainda não ganharam volume neste início do ano, o que tem continuamente afetado a formação dos preços.

Dessa forma, dólar comercial foi negociado por R$ 1,771, em alta de 0,22%, nas últimas operações desta terça-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,782 e R$ 1,772. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,890, em um acréscimo de 0,53%.

A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) ganha 0,50%, aos 69.749 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,45 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,92%

O banco central chinês anunciou que vai pagar juros mais altos nos títulos públicos com um ano de prazo, em uma nova medida para aumentar o custo do capital e conter a economia. Ao mesmo tempo, investidores e analistas aguardam os dados fundamentais que devem ser revelados na quinta sobre o país que é um hoje uma das poucas "locomotivas" da economia global.

Nesse ambiente de maior nervosismo, o mercado tem "testado" o preço de R$ 1,78 já por três dias consecutivos. "Nós vemos uma resistência muito forte do dólar nesse patamar de R$ 1,78. Nos últimos dias, chega nesse preço, mas não ultrapassa, mas isso é somente uma questão de tempo", comenta o gerente da Confidence Câmbio (especializada em câmbio turismo), Felipe Pellegrini.

Profissionais das mesas de operações ainda citam o "fator governo" para explicar a alta continuada das taxas de câmbio ao longo de janeiro, temendo alguma nova intervenção no mercado, a exemplo das especulações sobre o Fundo Soberano, que foram "moeda corrente" nas últimas semanas.

Criado em 2008 com verbas federais de R$ 14 bilhões, o chamado FSB (Fundo Soberano do Brasil) é uma reserva de recursos públicos, inicialmente concebida para ser usada em momentos de crise, mas que pode ser utilizada conter eventuais pressões a favor do real. A aplicação do recursos foi regulamentada oficialmente no final do ano passado.

Juros futuros

O mercado de juros futuros, que sinaliza o custo do dinheiro para os bancos, eleveou as taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo.

A FGV apontou inflação de 0,51% em janeiro pela leitura do IGP-M (segunda estimativa do mês). Nos últimos 12 meses o índice acumula, nessa leitura, queda de 0,79%.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista subiu de 9,72% ao ano para 9,78%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada avançou de 10,27% para 10,34%. Esses números ainda são preliminares e podem sofrer ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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