Dólar fecha a R$ 1,85; Bovespa sofre queda de 0,72%
A aversão dos agentes financeiros ao risco ganhou novo estímulo nesta sexta-feira com as notícias francamente desfavoráveis da Europa e China. No velho continente, algumas das maiores economias do planeta sofreram contrações históricas, enquanto o gigante asiático voltou a assombrar os mercados com novas medidas para conter a concessão de empréstimos, com repercussões imediatas sobre moedas e commodities (matérias-primas).
Dessa forma, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,859, em um avanço de 0,48%, nas últimas operações desta sexta-feira. A taxa cambial foi da cotação máxima de R$ 1,874 à mínima de R$ 1,850. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi trocado por R$ 1,980, em um acréscimo de 1,02% sobre o fechamento de ontem. Na praça internacional, o preço do euro chegou a afundar até US$ 1,3533, o nível mais baixo em nove meses.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra queda de 0,72%, aos 65.655 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,30 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cai 1,02%.
Se ontem os agentes financeiros tiveram um momento de alívio com a perspectiva de ajuda pela comunidade europeia à Grécia, que será supervisionada pelo FMI e pelo BCE, hoje as notícias do front macroeconômico estimularam um onda renovada de nervosismo. O PIB (Produto Interno Bruto) dos países da zona do euro encolheu 4% no ano passado; as economias das potências Alemanha e França amargaram as piores retrações dos últimos 50 anos; entre os países mais fragilizados, o quadro não foi diferente: o PIB grego encolheu 2,6%, o PIB português, outros 2,7%.
E o governo chinês determinou um novo aumento do depósito compulsório de grandes bancos locais, numa reação à elevação do volume de empréstimos concedidos no mês passado. Para enfrentar as ameaças de inflação, o país asiático tem adotado medidas que esfriam a economia, um dos maiores importadores globais de commodities.
Juros futuros
O mercado futuro de juros, que serve de referência para os juros bancários, elevou as taxas projetadas para este ano.
A FGV apontou hoje uma inflação de 1,08% em fevereiro, pela leitura do IGP-10, ante variação de 0,20% no mês passado. "Há sinais de que a inflação, embora não vá disparar, aparentemente está com movimento um pouco mais acelerado do que se imaginava. Já há sinais de que a inflação ultrapassou e talvez se afaste um pouco do centro da meta", afirmou o economista da Fundação, Salomão Quadros.
No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista subiu de 9,74% ao ano para 9,77%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada cedeu de 10,25% para 10,24%. Esses números ainda são preliminares e podem sofrer ajustes.
0 comentário
Importações de soja da China caem 9% em novembro, mas estão a caminho de recorde anual
Exportações da China desaceleram com força em novembro, importações recuam antes de tarifas de Trump
Ações da China devolvem parte dos ganhos, Hong Kong cai com otimismo menor sobre estímulo
Lula é submetido a cirurgia para drenar hematoma no crânio
Secretário de Haddad diz que plano A é aprovar projetos do pacote fiscal, mas não descarta MP
Wall Street fecha em baixa com queda de ações de tecnologia