Strauss-Kahn sugere que FMI crie moeda que substitua dólar como reserva
O diretor-gerente do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, propôs hoje que a entidade crie linhas de troca de divisas similares às do Fed (Federal Reserve, o BC americano) e inclusive uma moeda própria que poderia um dia substituir o dólar como divisa de reserva.
Strauss-Kahn colocou sua visão de futuro para o FMI em discurso na Conferência Anual de Bretton Woods, batizada com o nome da pequena localidade americana onde foi fundado esse organismo em 1944.
Ele ainda disse que a instituição pedirá mais poder de supervisão do sistema financeiro mundial, além de uma intervenção ampliada, para uma melhor detecção de potenciais riscos. A solicitação será encaminhada aos Estados membros.
O chefe do organismo apresentou essas ideias como uma forma de "reforçar o papel do Fundo como guarda da estabilidade do sistema" econômico, o que, segundo ele, requer "um esclarecimento e atualização de nossa missão".
"Há necessidade de que tenhamos um papel mais claro para detectar os riscos que pesam sobre a estabilidade econômica e financeira mundial", destacou Strauss-Kahn, segundo cópia do discurso que será pronunciado no Comitê de Bretton Woods.
Strauss-Kahn também informa que a instituição "está pronta para responder" a crises de liquidez mundiais, como a restrição do crédito, em 2008, que levou o Fed a estabelecer linhas de intercâmbio de moedas com outros bancos centrais.
"Neste contexto, estamos explorando diversas possibilidades, incluindo linhas de crédito a curto prazo, multinacionais, que o Fundo poderia colocar em prática ante uma crise sistêmica", explica no discurso. A longo prazo, o FMI "pode, inclusive, oferecer um ativo da reserva emitido mundialmente e que seria um tanto parecido com os DEG (Direitos Especiais de Giro)", a atual reserva do Fundo, explicou Strauss-Kahn.
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