Lei Kandir onera o agronegócio, diz Lovatelli

Publicado em 17/03/2010 11:17
"A Lei Kandir já teve o seu mérito. É preciso mexer nela." Essa é a afirmação de Carlo Lovatelli, presidente da Abag (Associação Brasileira de Agribusiness).

A lei, de 1996, hoje onera os produtos agrícolas de maior valor agregado, diz Lovatelli. "O país perde receita por exportar mais grão que óleo e farelo." A lei foi criada para estimular as exportações, isentando os produtos primários de ICMS.

Lovatelli acrescenta que a lei acaba, indiretamente, estimulando investimentos industriais em outros países, como China, e exportando emprego, por não ter construção de fábricas no país.

Um dos efeitos nocivos da guerra fiscal é a influência que exerce sobre decisões de investimento, diz. "O empresário faz uma fábrica em um Estado por causa do benefício fiscal, em detrimento de uma melhor logística."

A deficiência nessa área é outro entrave para o agronegócio. Segundo Lovatelli, o governo Lula poderia ter realizado mais investimentos em infraestrutura e logística. "Foi uma oportunidade perdida. Se não investir, vai parar lá na frente", afirma.

A cada ano, o país bate recorde de produção de soja e, segundo ele, vai ter, mais uma vez, fila de caminhão para descarregar nos portos.
Fonte: Folha de SP

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