Corte de R$ 21,8 bi em 2010

Publicado em 19/03/2010 08:09
Foi o maior contingenciamento do governo Lula.
O orçamento de 2010 sofrerá corte de R$ 21,8 bilhões.

O valor do contingenciamento, o maior desde o início do governo Lula, foi divulgado ontem pelo Ministério do Planejamento.

Para chegar ao total da verba bloqueada, o governo levou em consideração queda de R$ 17,7 bilhões na receita líquida e aumento de R$ 1,4 bilhão nas despesas obrigatórias. O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, chamou o corte deste ano de "prudente" e "conservador".

Foram preservados recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), das áreas de saúde e educação, do Bolsa Família e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

- O corte é sempre ruim para o governo - afirmou o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ao participar do programa Bom Dia, Ministro.

Segundo ele, a projeção de receitas de arrecadação também será prudente para dar ao governo "uma margem de erro". - Tem que ter um pouco de cuidado, prudência, porque pode ter alguma modificação na economia.

O Ministério também estimou incremento de R$ 3,9 bilhões no déficit da Previdência Social e alta de R$ 13 milhões no orçamento dos poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público da União. Devido à revisão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) de 5% para 5,2% em 2010, a meta de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida) foi elevada em R$ 2,4 bilhões na comparação com o valor estabelecido no Orçamento Geral da União.

No entanto, com o abatimento de até R$ 29,8 bilhões relativo ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e dos restos a pagar, a meta de superávit primário foi reduzida em R$ 1,4 bilhão na comparação com o valor aprovado pelo Congresso Nacional no final do ano passado.

De acordo com o ministro, houve conversas com representantes de todos os ministérios sobre os cortes.

"É difícil porque às vezes o órgão acha que tem que ser diferente, e aí decidimos.

Vamos fazer o corte que tivermos que fazer para manter a conta do equilíbrio." Na entrevista, Paulo Bernado também comentou os 164 mil indícios de irregularidades na ocupação de cargos públicos apurados. Segundo o ministro, serão enviados aos órgãos pedidos de esclarecimento. Se o servidor tiver dois vínculos empregatícios irregularmente, terá que optar por um deles.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Fonte:
Jornal do Brasil

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário