Bovespa fecha em alta de 0,50%; investidor mira ações da Vale

Publicado em 23/03/2010 18:03

O mercado brasileiro de ações iniciou os negócios de maneira instável, somente estabelecendo uma tendência após o início dos negócios nas Bolsas americanas, onde foi o dia foi positivo. O destaque na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) foram as ações da Vale, que concentraram o volume de negócios e contribuíram para a alta de hoje.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, subiu 0,50% no fechamento, atingindo os 69.386 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,89 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 0,95%, com a reação positiva dos investidores aos novos números do setor imobiliário.

Quase um quinto dos negócios de hoje foram feitos com a ação preferencial da Vale, que sozinha movimentou R$ 1,07 bilhão e teve valorização de 2,64%. Segundo notícia da imprensa especializada, a empresa adotou uma política comercial e uma nova tabela de preços, onde prevê reajustes acima de 110% para um tipo de minério de ferro, bem acima das expectativas do mercado.

Em nota oficial, a diretoria da Vale não menciona valores e se limita a dizer que a nova política comercial "reflete a realidade de mercado e as necessidades específicas de cada cliente".

"Esses preços não devem ser os finais da companhia, já que descontos devem ser dados, contratos diferenciados poderão ser assinados e o preço médio da companhia [deve] ficar um pouco abaixo desse aumento de 100% que a companhia está implementando", comenta a equipe de analistas da Link Investimentos, em relatório sobre a nova política comercial da mineradora, acrescentando que "a estratégia de preços deve trazer ótimos resultados no curto prazo, já que os preços alcançados devem ser os mais altos na história da Vale". Os analistas não descartam que a empresa brasileira enfrente questionamentos por uma parcela de seus clientes, notadamente, as siderúrgicas europeias.

O dólar comercial foi vendido por R$ 1,779, em queda de 1,16%. A taxa de risco-país marcou 191 pontos, número 0,50% acima da pontuação anterior. Profissionais de mercado notaram a expectativa de uma entrada de recursos expressiva nos próximos dias, por conta de captações externas feitas por grandes empresas brasileiras, influenciaram na formação dos preços. Também apontaram a ação de tesourarias de bancos, aumentando suas "apostas" na baixa das cotações.

"Eu vejo que os bancos estão tentando trazer de novo o dólar para algo entre R$ 1,75 e R$ 1,76. Eles estão aumentando as posições vendidas, ou seja, apostando na desvalorização da moeda", comenta Mauro Araújo, da mesa de operações da Vision Corretora.

Entre as principais notícias do dia, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou inflação de 0,55% para o mês de março, ante a variação de 0,94% em fevereiro, pela leitura do IPCA-15. No ano, o IPCA-E (Índice de Preços ao Consumidor Especial) --que representa a média do IPCA-15 ao longo do ano-- acumula variação de 2,02%.

O Banco Central revelou que o estoque de empréstimo concedido no país bateu a marca de R$ 1,44 trilhão em fevereiro, em meio ao nível histórico dos juros aos consumidores (os menores desde 1994). O BC estima um aumento de 23% no crédito concedidos pelos bancos neste ano.

Nos EUA, a entidade privada NAR (Associação Nacional de Corretores de Imóveis, na sigla em inglês) reportou que uma queda de 0,6% nas vendas de casas usadas nos EUA em fevereiro, o terceiro mês consecutivo de declínio. Analistas do setor financeiro esperavam declínio de 1% para o período.

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Fonte:
Folha Online

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