Dólar fecha a R$ 1,80; Bovespa perde 0,34%

Publicado em 24/03/2010 16:47

A apreensão dos agentes de mercado com a cena externa deu o tom dos negócios no expediente desta quarta-feira. Logo pela manhã, a notícia de que a agência Fitch já considera haver um pouco mais de risco nos títulos da dívida portuguesa gerou nervosismo, fortalecendo o dólar e enfraquecendo o euro e outras moedas.

Assim, o dólar comercial foi vendido por R$ 1,802, em um avanço de 1,29%, nas últimas operações desta quarta-feira. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,804 e R$ 1,783. Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 1,910, em alta de 1,05%.

Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra perdas de 0,57%, aos 68.987 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,14 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York cede 0,34%.

A agência de classificação de risco Fitch rebaixou o "rating" (nota de risco de crédito) de Portugal, citando preocupações com o deficit orçamentário do país. Há meses, essas agências vêm alertando para a deterioração das contas públicas de algumas das principais economias, a exemplo do Reino Unido, sem esquecer Espanha e Itália.

Após a notícia da Fitch, profissionais de mercado esperavam algum alívio com a divulgação de alguns indicadores importantes nos EUA, o que não ocorreu: tanto os números sobre as vendas de casas novas quanto as encomendas de bens duráveis mostraram desempenhos piores do que o esperado.

No front doméstico, o Banco Central informou que o fluxo cambial do país está negativo em US$ 2,345 bilhões no mês de março, até o dia 19. O resultado também é negativo no acumulado deste ano, em US$ 1,669 bilhões. Nem por esse motivo o BC tem deixado de realizar diariamente seus leilões de compra de moeda. O leilão de hoje foi um pouco mais cedo --às 11h42 (hora de Brasília)--, quando a autoridade monetária aceitou ofertas por R$ 1,7831 (taxa de corte).

Juros futuros

No mercado futuro de juros, que serve de referência para os juros bancários, as taxas projetadas voltaram a subir nos contratos mais negociados.

Amanhã, antes do início dos negócios, o Banco Central divulga o teor da ata relativa à reunião da semana passada, quando decidiu por manter a taxa básica de juros em 8,75% ao ano. Economistas do setor financeiro acreditam que na reunião de abril deve haver um ajuste de pelo menos 0,50 ponto percentual, e vão procurar indícios nesse sentido no texto desta quinta.

No contrato que aponta os juros para outubro de 2010, a taxa prevista passou de 9,76% ao ano para 9,81%; no contrato de janeiro de 2011, a taxa projetada avançou de 10,28% para 10,32%. E no contrato de janeiro de 2012, a taxa projetada passou de 11,65% para 11,69%. Esses números são preliminares e podem sofrer ajustes.

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Fonte:
Folha Online

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