Bovespa fecha com alta modesta; cautela predomina no mercado
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) esbarrou mais uma vez na barreira dos 70 pontos, patamar de preços que o mercado de ações brasileiro perdeu há mais de três meses. As Bolsas americanas também tiveram um dia de oscilações modestas, numa semana em que os investidores ainda aguardam indicadores que podem definir o rumo dos negócios, a exemplo do "payroll" (relatório de emprego) na sexta.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, teve leve alta de 0,03% no fechamento, aos 69.959 pontos. O giro financeiro foi de 5,47 bilhões. A Bolsa de Nova York fechou em alta de 0,11%.
"Todo o mercado está com esse número [70 mil pontos] na cabeça. Pode ser 70.300 ou 70.500, mas está muito próximo desse nível. A questão é que está faltando notícias mais consistentes, ou indicadores, que justifiquem um movimento mais forte", avalia Expedito Araújo, da mesa de operações da corretora Alpes.
Por seu "peso" no mercado doméstico, a ação da Petrobras restringiu, mais uma vez, qualquer recuperação mais acentuada. Investidores ainda temem e aguardam novidades sobre o processo de capitalização da estatal do petróleo. Essas dúvidas têm travado os negócios com o papel desde pelo menos a segunda metade de 2009. Hoje, o diretor financeiro Almir Barbassa declarou que a empresa conta com a aprovação no Congresso para o plano de capitalização até maio, e a conclusão da operação até julho.
A ação preferencial teve queda de 0,22% e foi alvo de R$ 432 milhões em negócios. Com um giro de R$ 564 milhões, a ação da Vale subiu 0,18%. Hoje, a imprensa japonesa apontou que a Nippon Steel aceitou o reajuste do minério de ferro em torno de 90% proposto pela gigante brasileira, o que animou os investidores.
O dólar comercial foi vendido por R$ 1,795, em queda de 0,22%. A taxa de risco-país marca 180 pontos, número 0,55% abaixo da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, o instituto privado Conference Board apontou uma melhora na confiança do consumidor americano na economia de seu país, em um registro acima das expectativas do setor financeiro. Outro indicador que mostrou desempenho melhor do que o esperado veio do setor imobiliário: o influente índice S&P/Case-Shiller apontou uma contração de 0,7% nos preços dos imóveis nos EUA em janeiro. Economistas esperavam uma queda ainda maior.
No front doméstico, a FGV apontou inflação de 0,94% em março ante 1,18% em fevereiro, pela leitura do IGP-M. No acumulado dos últimos 12 meses, a variação é de 1,94%.
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