Bovespa sobe 0,6% e atinge maior nível em 22 meses; dólar vale R$ 1,76

As ações brasileiras são negociadas com ganhos na jornada desta segunda-feira. Num dia positivo para os mercados mundiais, animados com os bons números da economia americana, a Bolsa brasileira opera em seu maior nível de preços desde 2 de junho de 2008, período anterior à pior fase da crise mundial.

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, avança 0,59%, aos 71.553 pontos. O giro financeiro é de R$ 1,94 bilhão. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 0,41%.

O dólar comercial é vendido por R$ 1,762, em um decréscimo de 0,39%. A taxa de risco-país marca 171 pontos, número 6,55% abaixo da pontuação anterior.

O mercado deve repercutir hoje o resultado do relatório "payroll", publicado na sexta-feira pelo Departamento de Trabalho dos EUA. O governo registrou a criação de 162 mil vagas (já descontadas as demissões) em março, o maior número em três anos. A taxa de desemprego permaneceu em 9,7%. Economistas estimavam uma cifra entre 180 mil e 190 mil.

Ainda nos EUA, duas pesquisas privadas surpreenderam o mercado positivamente. O índice do instituto ISM apontou a maior expansão do setor de serviços desde 2007. E a NAR (associação de corretores) contabilizou um crescimento de 8,2% nas vendas pendentes de imóveis no mês de fevereiro.

No front doméstico, o boletim Focus, elaborado pelo BC, mostrou que os economistas revisaram suas projeções para a inflação deste ano, de 5,16% para 5,18% (mediana das estimativas do IPCA). Trata-se da 11ª semana em que a expectativa para a inflação do ano sobe.

A Fipe-USP apontou inflação de 0,34% em março, ante 0,74% em fevereiro, no município de São Paulo, pela leitura do IPC (Índice de Preços ao Consumidor). Já o índice de inflação semanal da FGV, o IPC-S, detectou uma variação de preços de 0,86% no mês de março, ante elevação de 0,68% em fevereiro.