Retaliação adiada
Publicado em 06/04/2010 08:07
O Brasil suspenderá até o dia 22 de abril a retaliação a produtos importados dos Estados Unidos, que começaria nesta quarta-feira. O governo recebeu propostas para uma solução negociada.
A decisão foi anunciada no fim da tarde da segunda-feira. A retaliação comercial aos produtos americanos ficará suspensa por 17 dias. Até lá, o governo brasileiro espera que os Estados Unidos adotem as medidas apresentadas para evitar a retaliação comercial. Os americanos propõem reduzir os benefícios financeiros concedidos aos exportadores de algodão, considerados abusivos pela Organização Mundial do Comércio.
Como o fim do subsídio dado diretamente aos produtores depende da revisão da lei agrícola pelo Congresso Americano em 2012, outra medida de compensação deve ser adotada.
Os Estados Unidos concordaram em contribuir para a criação de um fundo que deverá financiar projetos de pesquisa que beneficiem a produção brasileira de algodão. Seriam destinados por ano US$ 147 milhões, valor equivalente aos prejuízos sofridos pelos produtores brasileiros por causa dos subsídios americanos concedidos aos produtores dos Estados Unidos.
A contribuição para o fundo é um pedido dos produtores brasileiros. Será temporária, até que os subsídios aos agricultores americanos sejam definitivamente extintos. A expectativa da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão é que nos próximos dias o governo dos Estados Unidos esclareça como e a partir de quando vai começar a contribuição.
“Evidentemente que se chegar em 2012 eles cumprirem e retirarem os subsídios acionáveis, o fundo terá recebido um aporte. Mas eu acredito que é um valor bastante considerável, que dá para perenizar. Não tem como gastar, investir valores tão altos em apenas dois anos até porque nesse momento nós temos que pensar em toda essa estruturação. Então, isso leva um tempo para começar a aplicar isso nos projetos e nos programas definidos”, explicou Haroldo Cunha, Presidente da Abrapa.
O diretor do Departamento Econômico do Itamaraty Carlos Márcio Consendey destacou a importância das medidas. “O que é importante para o Brasil é que o sistema multilateral de comércio, que as regras e as normas sejam respeitadas. Na medida em que um país como os Estados Unidos aceita entrar nessa negociação, ele está dizendo que valoriza também as regras internacionais”, falou.
Outra medida prometida pelos americanos é o reconhecimento do Estado de Santa Catarina como área livre de febre aftosa sem vacinação, o que pode abrir o mercado catarinense para exportação de carne in natura. De acordo com a Câmara de Comércio Exterior, a partir do dia 22 o Brasil e os Estados Unidos têm 60 dias para estabelecer as bases do acordo.
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Fonte:
Globo Rural
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